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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Crianças Índigo e Cristal







Entrevista de Divaldo Pereira Franco ao Programa Televisivo O Espiritismo Responde, da União Regional Espírita – 7ª Região, Maringá, em 21.03.2007.




Espiritismo Responde – Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal?


Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar.


Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.


As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape).


O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis.


Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais.


As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.


A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.


ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?


Divaldo – Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.


A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças…


Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.


Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.


A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.


Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.


A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição.


Daí é necessário muito cuidado.


Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental.


Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro.


As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.


ER – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?


Divaldo – Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades. Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado.


Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição.


Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento… Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.


ER – Com que objetivo estão reencarnando na Terra?


Divaldo – Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão. Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.


Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer.


Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro.


Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos.


É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.


ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo?


Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa.


O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”.


Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão.


Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante… Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.


ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?


Divaldo – Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.


Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura.


São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom.


A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes.


Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.

Fonte: Site do Orador Divaldo Franco

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Amar a Quem




Dia desses surpreendemos duas senhoras a conversar. E seu diálogo nos atraiu verdadeiramente a atenção.
Indagava uma à outra porque ela se envolvia tanto com campanhas para as crianças carentes assistidas por uma determinada entidade filantrópica.
Ora, respondeu a outra, porque disponho de tempo, porque as crianças precisam, porque gosto de me envolver com tarefa assistencial.
Mas, continuou a primeira, essa instituição não é da nossa religião.
A resposta da dama que se dedicava de corpo e alma ao trabalho de assistência foi rápida: Mas são nossos irmãos.
A primeira ainda prosseguiu com sua argumentação, enquanto nos afastávamos do local a pensar.
Estranha forma de nos dizermos cristãos. Transformando-nos em pessoas sectárias, fechadas.
Esquecidas de que o Mestre nos recomendou: Amai-vos uns aos outros.
Ele mesmo, durante sua estada entre os homens, teve oportunidade, por mais de uma vez, mostrar que não importava a nacionalidade, a doutrina política, a crença religiosa, o cargo e a cor da pele. Por isso mesmo, Ele tomou o samaritano como exemplo do homem bom que atende o caído na estrada, sem nada lhe indagar.
Fala à samaritana, no poço de Jacó, convidando-a à mudança de rumo e transformando-a numa disseminadora das luzes da Boa Nova.
Falando a respeito do centurião a quem cura o servo à distância, comenta: Jamais vi tamanha fé em Israel!
Convida Mateus, um coletor de impostos, para ser um dos Apóstolos. Visita Zaqueu, o publicano, e socorre a equivocada Maria de Magdala, amparando também a mulher adúltera.
Jesus viajou pelas terras da Judéia, da Galiléia e da Samaria. E afirmou: Nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá.
Como podemos agir de forma diversa, estabelecendo limites no auxílio, condicionados à crença religiosa?
Então não somos todos filhos do mesmo Pai? Ele não nos criou crentes desta ou daquela doutrina. Criou-nos Seus filhos.
Todos partidos do mesmo ponto, da simplicidade e da ignorância, e com idêntico objetivo: a perfeição.
Não nos armemos uns contra os outros, mas nos amemos.
Façamos o bem a quem esteja próximo, sem distinção alguma.
E, se pudermos, estendamos a nossa ação a quem esteja distante, mesmo que não pertença à nossa raça, que tenha nascido em outro País, que habite outros Estados.
Meditemos que, quando as súplicas sinceras chegam ao bondoso Pai, Ele não pergunta como cremos, onde estamos.
Conforme nos ensinou Jesus, tudo o que pedirmos a Ele em Seu nome, nos será concedido.
Da mesma forma que recebemos tanto bem do Criador, saibamos distribuir igualmente a todos.
Mesmo porque as questões de cor, nacionalidade, credo político ou religioso são questões transitórias, que duram uma vida rápida, passageira, considerando-se o Espírito imortal.


* * *


O bem é tudo o que estimula a vida, produz para a vida, respeita e dá dignidade à vida.
Quando não puder fazer o bem, pense nele.
Valorize o bem que você possa fazer e faça-o quanto possa e onde esteja.


Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eu me coloquei no Seu Lugar




Não na hora que lhe deram o primeiro, dos incontáveis açoites que viriam a seguir.


Nem na hora que lhe colocaram a coroa de espinhos, nem na hora que o fizeram carregar, morro acima, a pesada cruz.

Nem na hora que você tombou ao peso dela, nem na hora em que cravos imensos atravessaram seus pulsos e seus pés.


Nem na hora que lhe deram vinagre, quando implorou água, nem nas tormentosas horas que precederam a sua morte, cujo sofrimento, todas as palavras do mundo não poderiam descrever.


Era a consumação e você sabia que a libertação estava próxima. Sabia também que estava levando consigo todos os pecados dos homens, conforme orientação de seu Pai.


Eu me coloquei no seu lugar durante a sua vida.


A sua força para fazer-se entender por corações endurecidos e ignorantes.


A sua imensa solidão por ter tanto a ensinar e tão poucos ouvidos para compreendê-lo.


O trazer ao mundo toda a Luz e, ainda assim, ser invisível para tantos.


O poder ler os pensamentos dos homens e ver que, mesmo diante de todas as provas e de todos os milagres, duvidavam e engendravam formas de liquidá-lo covardemente.


Sua sagrada hora no horto, quando anteviu tudo que adviria e, estando dentro de um corpo humano, sentiu medo. Tanto medo, a ponto de suar sangue e rogar a Seu Pai que, se possível, o livrasse daquele cálice, mas que se fizesse a vontade Dele e não a Sua.


Jesus! Você esteve sempre imensamente só,
porque até os que o amavam desertaram na hora da sua extrema paixão.


E hoje, passados mais de dois mil anos,
quantos ainda o negam feito Pedro?
Quantos ainda duvidam feito Tomé?
Quantos ainda o traem feito Judas?
Quantos ainda o perseguem porque as leis que você deixou
contrariam interesses
e são a derrocada de toda a vaidade humana e de todo o egoísmo?


Continuamos fariseus hipócritas, Jesus!
Sepulcros caiados!


Perdoa-nos ainda mais um tanto!
Passaram-se dois mil anos
e ainda não sabemos o que fazemos.


E ainda assim ... no cerne da nossa ignorância,
no vale sombrio dos nossos pecados,
sentimos, mesmo sem saber, imensa sede e imensa fome
da Tua Presença em nossas vidas!


Volte logo, Jesus!

Reflexão espirita.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Saibamos Confiar



"Não andeis, pois, inquietos." - Jesus. (MATEUS, 6:31.)


Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade.
O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.
Pede apenas combate ao pessimismo crônico.
Claro que nos achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.
Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos.
Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.
Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.
Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o Sol fulgura no zênite.
Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.
Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.
Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento à cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.
Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis?

Emmanuel.

 Francisco Cândido Xavier. do Livro Vinha de Luz.  

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Influenciações Espirituais Sutis




Sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurando há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação sutil. 

Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você. Essa é a verdadeira ocasião da humildade, da prece, do passe. 


Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se: 


— dificuldade de concentrar idéias em motivos otimistas; 


— ausência de ambiente íntimo para elevar os sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante; 


— indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastre imediato; 


— aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los; 


— pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa; 


— interpretação forçada de fatos e atitudes suas  ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade; 


— hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto; 


— ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio; 


— teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual consigo, mas, passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado. 


São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo. 


O Espírito responsável pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa. 


Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta, clímax de negócio ou crise imprevista de serviço. 


Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase-obsidiados, despercebidas, contudo bem mais freqüentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras. 


Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim? 


Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. 
Estude e ajude a você mesmo. 



André Luiz - De Estude e Viva
Emmanuel e André Luiz

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Males encomendados


Pinga Fogo*


1 - Na questão 551, de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta: “Pode um homem mau, com o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado, fazer mal ao seu próximo?” A resposta é surpreendente: “Não; Deus não o permitiria.” Não contraria os incontáveis casos de pessoas perseguidas por Espíritos que atendem à evocação maldosa de gente que pretende prejudicá-las?

Há muita fantasia em torno do assunto, envolvendo médiuns supostamente capazes de “contratar” tais Espíritos, supostamente dotados de poderes para prejudicar as vítimas. Se isso fosse tão simples estaríamos todos “fritos”, conforme a expressão popular, à mercê dessas influências.  

02 - No entanto, é comum nos depararmos com pessoas assustadas que foram informadas de que estão “amarradas” por artes desses “contratos”.

 É a maneira desonesta usada por gente especializada em impressionar os incautos. Há muita ingenuidade da parte dos consulentes e muita malandragem da parte dos supostos “médiuns”, amedrontando-os para mais facilmente tirar-lhes dinheiro.
       
3 - Não obstante, toda obsessão envolve influências espirituais. Sejam evocadas por médiuns ou tenham a iniciativa de Espíritos malfazejos, não produzem males na vítima?

Consideremos que um Espírito pode nos ocasionar embaraços, envolvendo as pessoas que nos rodeiam ou pressionando nosso psiquismo, mas só será capaz de nos molestar na intimidade da própria consciência se reagirmos de forma desajustada. Então, não é o mal que nos faça que nos afetará, mas o mal que asilarmos em reação à sua influência. Se eu conseguir manter a calma e o equilíbrio, sintonizado com o bem e a verdade, não serei atingido. 

4 - Digamos que o Espírito obsidie uma mulher, induzindo- a ao adultério. Não estará fazendo mal ao seu marido?

O mal está com quem o pratica, no caso a esposa que cedeu à influência do Espírito, por guardar tendências compatíveis com o adultério. Vai responder por isso. Se o marido, revelando comportamento machista, agredi-la ou submetê-la à execração pública, então, sim, estará se envolvendo com o mal.

5 - De qualquer forma, haverá sofrimento para ele. Isso não é um mal?

Não podemos confundir com o mal o sofrimento decorrente de algum prejuízo moral ou material que nos façam. Ele está nos sentimentos negativos, no ódio, no rancor, no desejo de vingança…Se não os asilamos no coração, esse mal “periférico” nos fará crescer.

6 - Então o mal acaba se convertendo num bem?

Sem dúvida, mesmo o mal que façamos porquanto, contrariando as leis divinas, somos penalizados por nossa própria consciência que, mais cedo ou mais tarde, nos imporá sofrimentos depuradores, que nos converterão ao Bem.

7 - Por isso  Jesus recomendava o perdão?

Não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, perdão  incondicional, que tira o sofrimento maior, quando nos causam prejuízos, ajudando-nos a manter a própria integridade, sem nos deixarmos arrastar ao revide, este sim, o verdadeiro prejuízo, inspirado pelo mal em nós, quando não relevamos.

8 - Em resumo…

Nenhum Espírito nos induzirá ao mal, se cultivarmos o bem. Mesmo diante de prejuízos que nos cause, conservaremos a própria integridade, evitando os comprometimentos do desequilíbrio. Consideremos, ainda, a questão vibratória, quando assediados por Espíritos que venham por encomenda ou por iniciativa própria: não seremos afetados, desde que mantenhamos uma conduta reta, firma, baseada em princípios de fraternidade e respeito pelo próximo. Atendendo à lei de sintonia psíquica, nenhum Espírito mau nos envolverá se sempre encontrar o bem a reinar em nosso coração.

Richard Simonetti

* Coluna originalmente publicada na Revista Internacional de Espiritismo, Julho de 2004 e reproduzida com autorização do autor



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Para Fortalecimento da Família



Senhor, não sou digno de recebê-Lo em minha casa, mas fazei com que os meus entes queridos Lhe descubram a face oculta repleta de amor aos pobres e mendigos da vida.

Ao entrar, Jesus, em meu lar e não encontrar ninguém que com desprendimento possa lavar-Lhe os pés com o mais caro perfume e enxugá-Lo com a mais branca toalha, num gesto de caridade, perdoe-nos, Senhor, nós pouco ainda sabemos o que fazemos. Desejaríamos possuir não só a pequenez física de Zaqueu, mas a sua humildade, pois mesmo sendo rico não relutou em dividir seus bens com os pobres e ainda ofereceu a lição de que o conforto nada é quando estamos sozinhos, longe dos preceitos cristãos.


Oh, Jesus, beijo as Suas mãos que tanto vêm segurando as minhas e as da minha família cristã, e se algumas vezes não compreendemos os Seus anseios de Irmão mais velho, perdoe-nos, Senhor, mas jamais nos deixe perdido neste mundo de ilusões, onde o tilintar das moedas é fardo por demais pesado na passagem pelo túmulo - porta estreita por onde só os desprendidos terão oportunidade de contemplar a Sua beleza.


Afaste de nós, Senhor, a soberba, o egoísmo, a vaidade, a avareza, a maledicência, o ódio, o amor próprio, a ganância - demônios que não só deterioram os nossos Espíritos, como nos afastam de Deus.


Jesus, às vezes me vejo cambaleante, não pelo peso da minha cruz, mas porque envergonhado me sinto ao olhar a minha família - que é toda a Terra - e deparar com a violência, o ódio, a promiscuidade, mais ainda quando encontro o olhar dos ditos cristãos e percebo neles o ódio e a falta de fé. Suas chagas machucam-me por demais, Senhor, principalmente por sentir nelas as Suas benditas mãos, dando-me a certeza de que me guiaram nas veredas da vida física e hoje embalam-me por ser eu ainda um bebê, precisando de alimentos leves para não sucumbir diante de tristes verdades.


Eu o amo Jesus, não porque é meu amigo, mas porque permitiu que a Terra nos servisse de lar, quando a sarjeta do remorso era a nossa casa, e a dor, o alimento dos nossos Espíritos.


Obrigado, Senhor, em meu nome e no da minha família.


Assim seja!


Pelo Espírito: Luiz Sérgio
Do livro: Rios de Oração
Psicografia: Irene Pacheco Machado

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Orando Cada Dia


Senhor!...


Faze-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte.

Não me consintas perder tempo, através de indagações inúteis.


Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução, com os meus semelhantes,não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria.


Induze-me a respeitar os direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados.


Dá-me consciência do lugar que me compete, para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence.


Não me permitas sonhar com realizações incompatíveis com meus recursos, entretanto por acréscimo de bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance.


Apaga-me os melindres pessoais, de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmãos,aos quais devo convivência e cooperação.


Auxilia-me a reconhecer que o cansaço e a dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.


Concede-me forças para irradiar a paz e o amor que nos ensinastes.


E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em ti, servindo aos outros.


Assim seja.





Meimei
Livro: Sentinelas da Alma. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Que Significa a Vida?


Certa feita, um jovem aprendiz, sedento das coisas da vida e de seus mistérios, dirigiu-se ao velho sábio da aldeia, interpelando-o:
Mestre, o que significa a vida?
A pergunta, aparentemente simples, fez com que o ancião refletisse profundamente em torno das longas décadas que caminhara pela existência.
A vida, meu filho, é apenas uma escola. - Respondeu, calando-se em seguida.
Pela resposta inusitada e breve, o jovem esperou algo mais e, como o silêncio se fizesse longo, não resistiu e tornou a questionar:
Mestre, como pode a vida ser uma escola, se tantos morrem analfabetos, se outros não têm oportunidade de frequentar uma sala de aula e muitos nem sequer entendem a importância do estudo?
No entanto, redarguiu o velho mestre, não há quem passe pela vida sem ter a oportunidade de valiosas lições.
É verdade que muitos se veem analfabetos ao longo da existência ou pouca oportunidade de estudo se lhes apresenta.
Porém, as lições da vida não são somente para o cérebro. Muitas delas e, talvez, as mais importantes, são para o coração.
Quando conseguimos calar perante a ignorância alheia é a lição da humildade e paciência que a vida nos oferece.
Quando nos tornamos solidários, temos compaixão, auxiliando alguém em dificuldade, é a lição do amor fraterno que a vida nos oportuniza.
E quando as dores da alma nos chegam, como a rasgar nossas entranhas, parecendo nos dilacerar e aguardamos e esperamos, é a lição da fé e resignação que a vida nos apresenta.
Assim meu filho, ninguém pode passar pela existência alegando que não teve oportunidades excelentes de aprendizado.
O que pode ocorrer é que muitos de nós somos alunos ainda muito indisciplinados e rebeldes para essa escola abençoada.
Mergulhados nas ilusões de que o mundo é apenas um parque de diversões, no qual se deve usufruir de todos os prazeres fugidios que ele nos ofereça, poucos nos damos conta das importantes lições da vida.
Devemos encarar cada dia que se inicia como nova oportunidade de aprender coisas para a mente, mas também para o coração.
Afinal, dia virá em que seremos convidados a nos apartar do corpo que nos serve, nesta existência, e seguiremos apenas com aquilo que conseguirmos carregar, na mente e no coração.
Por isso podemos dizer que o hoje é a oportunidade para a construção de dias futuros felizes, ou um amanhã de tristezas, quando aportarmos do outro lado da vida.
Tudo dependerá do aproveitamento das lições. E do que guardarmos em nossa intimidade.
Assim, meu filho, podemos dizer que o céu ou o inferno, a felicidade ou a desdita depois desta vida estão somente em nossas mãos, em bem ou mal aproveitarmos as lições desta escola.
Finalizando sua explicação, o velho ancião afastou-se, dando oportunidade para o jovem ficar a sós, repassando na mente as profundas reflexões do mestre sábio.




Redação do Momento Espírita.
Em 13.02.2012. 



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mensagem de Eurípedes Barsanulfo Aos Espíritas


Irmãos Queridos!

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.




Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.


É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.




Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.




O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.




Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.




São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”.


Eurípedes Barsanulfo

Mensagem recebida no Centro Espirita “Jesus no Lar”
Médium - Suely Caldas Schubert




sexta-feira, 15 de junho de 2012

Quando Orar é a Melhor Opção


Dia desses estávamos na calçada à espera de que o sinal abrisse, a fim de que pudéssemos atravessar a rua. Entre tantos carros que passavam, um nos chamou a atenção. Era uma lustrosa e elegante limusine de cor preta.
O enorme veículo despertava a curiosidade de todos. Particularmente de um homem que se encontrava próximo. Esse, ao ver rodar pela larga avenida aquele carro tão luxuoso, começou a dirigir palavrões aos seus ocupantes.
Eram alguns políticos do Estado conduzindo um visitante importante. Entre os palavrões, o homem também lhes dirigiu alguns adjetivos, que certamente falavam muito mal da honra e da dignidade deles.
Tão logo o sinal abriu, atravessamos a rua e fomos pensando pelo caminho. Quantas vezes, da mesma forma que aquele pobre homem dirigimos aos governantes palavras negativas?
Quantas vezes em lhes ouvindo o discurso pelo rádio ou pela TV, lhes enviamos, pelo pensamento ou em palavras, mensagens negativas de raiva, quase ódio?
E, no entanto, são eles que governam e decidem sobre o que é melhor para o povo.
Por uma simples questão de lógica, todos nós deveríamos vibrar e vibrar muito bem para que os que governam, os que fazem e os que executam as leis fossem pessoas equilibradas, de bom senso.
Afinal, quanto melhores ideias eles tiverem, melhor para o povo, que se beneficiará com as suas leis justas e as suas decisões sábias.
Naturalmente que o nosso dever de cidadãos é acompanhar sempre o que acontece em nível Municipal, Estadual e Federal.
Devemos estar atentos, em especial naqueles dirigentes que escolhemos pelo voto. O nosso Vereador, o nosso Deputado Estadual e Federal, o Senador, o Governador, o Presidente da República devem nos merecer cobranças.
Mesmo porque se os elegemos, o fizemos em função de uma plataforma política que eles apresentaram.
Portanto, vamos cobrar através de cartas, ofícios, e.mails. Façamo-nos presentes tanto quanto possível nos momentos de graves decisões na Assembleia Legislativa, na Câmara de Vereadores, no Senado.
Mas, a par de tudo isso, oremos e oremos muito por esses homens e mulheres que têm a missão de dirigir outros homens, de governar o Município, o Estado, a Nação.
Peçamos ao nosso Mestre Jesus que os abençoe. Que eles possam ouvir a voz dos mensageiros do bem pedindo-lhes para utilizarem de justiça e sabedoria, durante os seus mandatos.
Desta forma, estaremos auxiliando-os a se melhorarem. Se eles se tornarem melhores, melhores também serão as leis, os projetos de leis, as decisões.
E todos ganharemos com isso.


* * *


Todo pensamento que emitimos ou toda palavra que pronunciamos produz uma vibração. Se os pensamentos e as palavras forem bons, boas serão as vibrações e farão bem a quem atingirem.
Se forem más, farão mal em primeiro lugar a quem pensa e age, e depois para aqueles a quem são dirigidas.
Se amamos a Terra abençoada do Brasil que nos abriga nesta reencarnação, aprendamos a pensar bem, a agir bem e a orar com espírito de fé e boa vontade.




Redação do Momento Espírita.
Em 12.11.2010.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Jesus à Frente



Diante de quaisquer desafios da perseguição façamos um sorriso bom e otimista para a caravana das trevas... e sigamos avante. Disse-nos Jesus:

- Eis que vou, adiante de vós...


O Eterno Amigo vai à nossa frente e aplainará, para nós, como sempre, todos os caminhos.


Basta nos disponhamos a seguí-lo, trabalhando...


Não percas tempo em procurar o mal; contudo, emprega atenção em socorrer-lhe as vítimas.


Diante desse ou daquele sucesso amargo, sempre mais do que nós, Jesus sabe...


Conhece o Divino Amigo onde se esconde o verme do vício, como também onde se oculta a farpa da crueldade.


Em razão disso, não te buscaria para relacionar as úlceras alheias nem para conferir os espinhos da estrada.


Se alguém prefere mergulhar na sombra, dize contigo: - Jesus sabe Se alguém te não escuta a palavra de amor, nota em silêncio: Jesus sabe.


Se alguém surge enganando aos teus olhos, pensa convicto: Jesus sabe.


Se alguém foge de cumprir o dever, observa de novo: - Jesus sabe.


Faze o bem que puderes e, entregando a justiça à harmonia da Lei, entenderás, por fim, que Jesus nos chamou para fazer luzir a estrela da caridade onde a vida padeça o insulto da escuridão.

 Meimei - Do livro: O Espírito da Verdade, Médium: Francisco Cândido Xavier - EDIÇÃO FEB.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Petição e Resposta


Quando te dirijas à Divina Providência rogando algo, não te pemitas o mergulho na aflição improdutiva, capaz de conturbar-te o ambiente, retardando a concessão que desejas.

Entenderás isto facilmente, nas lições mais simples da vida prática.

Se requisitas do carro uma velocidade mais ampla em face daquela que o trânsito recomenda, sob o pretexto de pressa, inclinas-te, indiscutivelmente para o desastre.

Na hipótese de exigires da ponte transporte de carga determinada com o peso muito superior à capacidade da resistência em que se estrutura, com a desculpa de urgência, é provável que a desmanteles.

Quando espancas um vegetal, impiedosamente, a fim de senhorear-lhe algum fruto, sob o pretexto de fome, estarás reduzindo muitas das futuras possibilidades da árvore em teu prejuízo próprio.

Em te debruçando num poço, agitando-lhe o fundo, com a desculpa da sede, unicamente lhe turvas o líquido, tornando-o inadequado à própria saúde.

Em teus requerimentos à Vida Maior, formula-os com cuidado e continua no trabalho que o mundo te conferiu, esperando pela manifestação do Poder Divino, através das circunstâncias do caminho em que te encontras.

Inquietação desnecessária atrasa o socorro previsto.

Sejam quais forem os obstáculos que te surjam à frente, na expectativa do apoio que solicitas dos Céus, não desesperes, nem esmoreças.

Se a resposta do Mais Alto aos pedidos que fizeste parece demorar excessivamente, é que a tua rogativa decerto reclama análises mais profundas, a fim de que, futuramente, não te voltes contra as leis da vida, alegando haver caído na imprevidência que terá nascido de ti mesmo e não do Senhor que, sabiamente, nos reserva sempre o melhor.



Emmanuel




terça-feira, 12 de junho de 2012

Tudo está certo


Conta uma antiga lenda norueguesa que um homem cuidava com muito zelo de uma capela, num distante povoado.
Haakon era seu nome e via, todos os dias, muita gente adentrar a ermida e orar, com devoção, frente a uma cruz muito antiga.
Certo dia, Haakon, impulsionado por um sentimento de generosidade, ajoelhou-se diante da cruz e fez uma oferta ao Crucificado.
Senhor, desejo padecer por Vós. Deixai-me ocupar o Vosso lugar.
O Senhor da cruz abriu os lábios e falou:
Amigo, posso atender a tua rogativa, mediante uma condição.
Qual é, Senhor? Será uma condição muito difícil? Estou disposto a cumpri-la.
Então, lhe disse o Cristo:
Escuta-me. Aconteça o que acontecer, não importa o que vejas, terás que guardar sempre absoluto silêncio.
O homem, resoluto, respondeu:
Eu prometo, Senhor!
Fizeram a troca sem que ninguém viesse a perceber. O tempo passou e aquele que substituía o Crucificado conseguia cumprir o seu compromisso de sempre se manter calado.
Um dia, porém, um rico foi até a capela orar. Ao sair, esqueceu a sua bolsa sobre um dos bancos.
Haakon viu e se calou. Também não disse nada quando, umas duas horas depois, alguém que também viera orar, encontrou a bolsa e a levou para si.
Ainda ficou calado quando um rapaz veio pedir as graças dos céus antes de empreender uma longa viagem.
Contudo, o rico retornou em busca do que esquecera.
Como não encontrasse sua bolsa, pensou que o rapaz se teria apropriado dela. Voltou-se para ele e o interpelou, com raiva, exigindo que lhe devolvesse o que lhe pertencia.
Não peguei nenhuma bolsa! - Defendeu-se o jovem.
Mentiroso! - Gritou o homem rico. E arremeteu furioso contra ele, no intuito de agredi-lo.
Então, uma voz forte soou:
Para!
E a imagem falou, defendendo o jovem e censurando o rico pela falsa acusação.
Este saiu aniquilado do local. O jovem, porque tinha pressa para empreender a sua viagem, saiu logo em seguida.
Quando a ermida ficou vazia, Jesus dirigiu-Se a Haakon e lhe disse:
Desce da cruz. Não serves para ocupar o meu lugar. Não sabes guardar silêncio.
E, ante as justificativas do servidor, trocaram de lugar, concluindo o Cristo:
Tu não sabias que era conveniente para aquele homem perder a bolsa que trazia o preço de muita maldade.
Quanto ao rapaz, que iria receber alguns golpes, as suas feridas o teriam impedido de fazer a viagem que, para ele, foi fatal.
Faz uns minutos seu barco soçobrou e ele se afogou.
Tu não sabias, mas eu sabia. Por isso, eu sempre me calo.




* * *


Toda vez que acreditares que as tuas preces não foram ouvidas porque não foram atendidas, pensa que tudo está certo.
Logo mais ou um pouco depois descobrirás que Deus estava certo em Se manter silente.
Tenha certeza: nada te acontece que não seja o melhor para ti, naquele momento. Isso porque Deus nunca Se engana.




Redação do Momento Espírita, com base em lenda norueguesa.
Em 04.02.2011.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Uma Tomada de Consciência


O apego ao contingente, ao imediato, apaga na consciência dos nossos dias o senso da responsabilidade espiritual. 
Nem mesmo a ronda constante da morte consegue arrancar o homem atual da embriaguez do presente. O problema do espírito e da imortalidade só se aviva quando ligado diretamente a questões de interesse pessoal. O católico, o protestante, o espírita se equivalem nesse sentido. Todos buscam os caminhos do espírito para a solução de questões imediatistas ou para garantirem a si mesmos uma situação melhor depois da morte.


A maioria absoluta dos espiritualistas está sempre disposta a investir (este é o termo exato) em obras assistenciais, mas revela o maior desinteresse pelas obras culturais. Apegam-se os religiosos de todos os matizes à tábua de salvação da caridade material, aplicando grandes doações em hospitais, orfanatos e creches, mas esquecendo-se dos interesses básicos da cultura. Garantem os juros da caridade no após-morte, mas contraem pesadas dívidas no tocante à divulgação, sustentação e defesa de princípios fundamentais da renovação da cultura planetária.


A imprensa, a literatura, o ensaio, o estudo, a fixação das linhas mestras da nova cultura terrena ficam ao deus-dará. Falta uma tomada de consciência, particularmente no meio espírita, da responsabilidade de todos na construção e na elaboração da Nova Era, que é trabalho dos homens na Terra. Ninguém ou quase ninguém compreende que sem uma estruturação cultural elevada, sem estudos aprofundados no plano cultural, que revelem as novas dimensões do mundo e do homem na perspectiva espírita, o espiritismo não passará de uma seita religiosa de fundo egoísta, buscando a salvação pessoal de seus adeptos, precisamente aquilo que Kardec lutou para evitar.


A finalidade do espiritismo, como Kardec acentuou, não é a salvação individual, mas a transformação total do mundo, num vasto processo de redenção coletiva. Proporcionar aos jovens uma formação cultural apoiada na mais positiva e completa base espiritual, que mostre a insensatez das concepções materialistas e pragmatistas, dando-lhes a firmeza necessária na sustentação e defesa dos princípios doutrinários, não é só caridade, mas também realização efetiva dos objetivos superiores do espiritismo nesta fase de transição. Sem esse trabalho não poderemos avançar com segurança e eficácia na direção da Era do Espírito. Temos de dar às novas gerações a possibilidade de afirmarem, diante do desenvolvimento das ciências e do avanço geral da cultura, como disse Denis Bradley: “Eu não creio, eu sei!” Porque é pelo saber, e não pela crença, pela fé racional e não pela fé cega, pelo conhecimento e não pelas teorias indemonstráveis, que o espiritismo, como revelação espiritual, terá de modelar a nova realidade terrena, apoiado na confirmação científica, pela pesquisa, dos seus postulados fundamentais. A revelação humana confirma e comprova a revelação divina.


Esse é o problema que ninguém parece compreender. Todos sonham com o momento em que a ciência deverá proclamar a realidade do espírito. Mas essa proclamação jamais será feita, se a ciência espírita não atingir a maioridade, não se confirmar por si mesma, podendo enfrentar virilmente, no plano da inteligência e da cultura, a visão materialista do mundo e a concepção materialista do homem. Por isso precisamos de universidades espíritas, de institutos de cultura espírita dotados de recursos para uma produção cultural digna de respeito, de laboratórios de pesquisa psíquica estruturados com aparelhagem eficiente e orientados por metodologia segura, planejada e testada por especialistas de verdade, capazes de dominar o seu campo de trabalho e de enfrentar com provas irrefutáveis os sofismas dos negadores sistemáticos. É uma batalha que se trava, o bom combate de que falava o apóstolo Paulo, agora desenvolvido com todos os recursos da tecnologia.


Chega de pieguice religiosa, de palestras sem fim sobre a fraternidade impossível no meio de lobos vestidos de ovelhas. Chega de caridade interesseira, de imprensa condicionada à crença simplória, de falações emotivas que não passam de formas de chantagem emocional. Precisamos da Religião viril que remodela o homem e o mundo na base da verdade comprovada. Da caridade real que não se traduz em esmolas, mas na efetivação da fraternidade humana oriunda do conhecimento de nossa constituição orgânica e espiritual comuns, ou seja, da inelutável igualdade humana. De exposições sábias e profundas dos problemas do espírito, nascidas da reflexão madura e do estudo metódico e profundo. Temos de acordar os dorminhocos da preguiça mental e convocar a todos para as trincheiras da guerra incruenta da sabedoria contra a ignorância, da realidade contra a ilusão, da verdade contra a mentira. Sem essa revolução em nossos processos não chegaremos ao mundo melhor que já está batendo, impaciente, às nossas portas.


Não façamos do espiritismo uma ciência de gigantes em mãos de pigmeus. Ele nos oferece uma concepção realista do mundo e uma visão viril do homem. Arquivemos para sempre as pregações de sacristão, os cursinhos de miniaturas de anjos, à semelhança das miniaturas japonesas de árvores. Enfrentemos os problemas doutrinários na perspectiva exata da liberdade e da responsabilidade de seres imortais. Reconheçamos a fragilidade humana, mas não nos esqueçamos da força e do poder do espírito encerrado no corpo. Não encaremos a vida cobertos de cinzas medievais. Não façamos da existência um muro de lamentações. Somos artesãos, artistas, operários, construtores do mundo e temos de construí-lo segundo o modelo dos mundos superiores que explendem nas constelações.


Estudemos a doutrina aprofundando-lhe os princípios. Remontemos o nosso pensamento às lições viris do Cristo, restabelecendo na Terra as dimensões perdidas do seu Evangelho. Essa é a nossa tarefa.



José Herculano Pires

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Males Menores


Maldade é sempre treva no coração, que nos cabe evitar a benefício dos outros e em favor de nós mesmos.
Entretanto, nos chamados males da Terra, é indispensável discernir as lições do Senhor nos mínimos ângulos de cada dia, para que lhes percebamos a valiosa função na garantia do bem.
Observemos a natureza.
Quase sempre, a plantação é amparada pelos detritos do campo para atingir a produção desejável.
Para que o leito do rio se não desfaça, atendendo aos requisitos do charco, a dureza da pedra e a secura da areia lhe defendem a segurança.
O minério anônimo, para entrar no campo das formas, não prescinde do fogo que lhe plasma as figurações.
E o próprio pão que regala à mesa é sempre um fruto da bondade da vida, filtrado através de dilacerações incontáveis.
Aprendamos a receber os males menores que nos asseguram paz e triunfo sobre os grandes males do mundo.
Rara porcentagem das súplicas que sobem da Terra ao Céu recolhe, de retorno, a assistência precisa, na forma imediatista de alegria ou de reconforto.
Quase todas, para alcançar o objetivo a que se propõem, obtêm do Senhor os males menores por resposta providencial e oportuna.
Aqui, é uma enfermidade-socorro que te preserva o espírito contra o assalto das tentações.
Ali, é um obstáculo-benção que te impede a adesão à irresponsabilidade e à loucura.
Além, é um amor-ferramenta que te obriga ao sacrifício constante, na sublimação de ti mesmo.
Acolá, é um desencanto-auxílio, constrangendo-te ao reajuste da própria alma.
Adiante, é uma dificuldade-luz, impelindo-te à comunhão com as esferas superiores.
Abençoemos as pequenas aflições e os humildes tropeços da estrada, de vez que a luta bem vivida e o trabalho bem realizado constituem os únicos recursos de ascensão ao verdadeiro bem.
Muitas almas com os bens aparentes do mundo compram apenas desilusão e tragédia, amargura e arrependimento, enquanto que muitas outras se elevam diariamente da vida física às culminâncias da Luz, conduzidas pelos supostos males que lhes minavam a passageira existência.
Recordemos a cruz de Cristo...
Quando se ergueu, diante dos homens, era humilhação e derrota, mas, aceita com amor e renúncia, converteu-se em caminho de paz e ressurreição.





Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro Cura. Lição nº 05. Página 21.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Homossexual na Casa Espírita


Como espíritas que somos e esclarecidos pelos ensinamentos da doutrina, precisamos desenvolver uma postura de tolerância e compreensão para acolher, sem preconceitos, todos os espíritos que nos cercam e que buscam a casa espírita. 
O amor de Deus é plenamente destinado a todos, sem exceções. Características do corpo físico, esse invólucro transitório do espírito em ...vida terrena, não podem definir este espírito nem devem contribuir para gerar sentimentos de rejeição ou repulsa em nossos corações.
Todos aqui estamos nesse mundo de expiação e provas e, para aqui poder atuar, assumimos corpos físicos que tornam possível a vida na Terra. Mas este corpo é, e será sempre, a despeito dos avanços da Medicina, um corpo perecível. Portanto, é no espírito imortal que habita ali, criação amorosa de Deus e que carrega Sua luz, que devemos concentrar nossa atenção e a ele dedicar o nosso amor. Na ótica da Caridade Cristã, não só devemos acolher esses espíritos, cada um revestido de sua própria individualidade, mas também procurar chegar até eles, encurtando o caminho que nos separa.
A Doutrina Espírita nos ensina que todos nós temos um passado que explica e justifica situações de nossa vida presente. Do mesmo modo que Deus acolhe amorosa e indistintamente todos os seus filhos, assim devemos proceder com nossos irmãos. Aprendemos também que o espírito possui uma bipolaridade em termos sexuais, podendo encarnar sucessivas vezes ora como Homem, ora como Mulher. No estudo do desenvolvimento dos embriões, a ciência já nos mostra que todo embrião tem as duas potencialidades, feminina e masculina, que só se define após algumas semanas do desenvolvimento fetal. O que nos define como Homem ou Mulher? É a contribuição do pai, através de seu espermatozóide, que determina o sexo do futuro bebê. Essa conformação genética é solicitada pelo próprio espírito, esclarecido a respeito de suas necessidades para aquela encarnação. Para isso, contribuem os espíritos superiores que se encarregam de ajudar e apoiar esse ser que vem a renascer. Segundo a história de cada um e suas necessidades, será definida sua feição humana. Todos encarnamos melhores, mais evoluídos do que já fomos, para prosseguir em nossa caminhada.Todavia, esse corpo físico manifesta exigências carnais e a atividade sexual é uma delas. 
Precisamos buscar, através do raciocínio e da conscientização e da procura constante de nossa essência espiritual, a compreensão dos processos dolorosos pelos quais passamos na vida para tirar dessas experiências o aprendizado necessário à busca da perfeição e da felicidade, do bem-estar pleno para o qual Deus nos criou. O mundo atual nos desafia a enfrentar, com coragem e sem hipocrisia, as novas relações interpessoais que ocorrem em todos os espaços onde transitamos. Hoje sabemos, a ciência nos afirma, que a relação homossexual, feminina ou masculina, é perfeitamente possível tanto do ponto de vista físico (obtenção do prazer sexual) como do psíquico (afetividade, harmonia, companheirismo, etc.). A OMS, que já catalogou a HOMOSSEXUALIDADE como doença, hoje já não considera assim. Por isso, o termo “homossexualismo” não deve mais ser usado, já que o sufixo “ismo” caracteriza “doença”. Devemos nos referir à Homossexualidade, que designa um estado do ser, uma condição do indivíduo. Quanto à auto-estima, as pessoas podem ser: Egossintônicas – aceitam-se como são; ou Egodistônicas – rejeitam sua própria condição, não estando em sintonia consigo mesmas. Desta condição egóica depende a qualidade das relações afetivas que construirão, tanto heteros como homossexuais. Os distúrbios afetivos e psíquicos, que exigem tratamentos específicos para reequilibrar o indivíduo desajustado quanto às normas sociais, derivam desta condição interna do sujeito e que, na visão espírita, sabemos resultar de vidas anteriores.
Quando as pessoas se reconhecem com tendências homossexuais, esse processo costuma vir carregado de muita confusão, sofrimento e, principalmente, de culpa. Daí a necessidade do acolhimento e da orientação adequada para que a pessoa seja esclarecida pela palavra de Jesus. Só assim ela terá a possibilidade de se equilibrar para viver de forma digna as provações que precisará enfrentar.
A condição sexual não garante a dignidade do indivíduo, mas sim a forma como ele exerce a sua sexualidade. Muitos heterossexuais se comportam de modo totalmente indigno, usando o outro de forma egoísta, visando seu próprio prazer sem respeito a si mesmo nem aos sentimentos do outro. Estes também precisam ser esclarecidos para evitarem os males que resultam de tais condutas. Indiferente de sua condição sexual, todos devem se comportar, se vestir e se comunicar de forma adequada a cada situação. O Atendimento Fraterno é a porta aberta na Casa Espírita para o acolhimento dos espíritos que nos procuram, independente de sua condição ou aparência. Não há espaço aí para indiscrição nem para rejeição ou pré-julgamentos. Não importa o que ele é, mas sim o que ele poderá vir a ser, na medida em que for se esclarecendo. Essa necessidade é igual para todos os espíritos que sofrem e buscam superar pelo Bem suas necessária provações. Muitos homens têm características femininas em sua aparência ou em sua conduta (são mais suaves, mais sensíveis, mais frágeis), mas não são menos masculinos por causa disso. São experiências anteriores, ricas e proveitosas, vividas na condição feminina em encarnações passadas, que os fazem constituírem-se assim. O mesmo ocorre com mulheres que apresentam posturas tidas socialmente como masculinas sem que sejam menos femininas em sua constituição física ou psíquica. Conforme essas características, as pessoas se atraem e os casais se formam e funcionam de forma harmoniosa, encontrando na relação conjugal a completude, o companheirismo que os ajuda e os fortalece na trajetória terrena. Os desvios sexuais estão relacionados a uma indefinição ou confusão interna que podem afetar seu espírito e, conseqüentemente, atingem seu corpo físico e seu psiquismo. Controle, educação e disciplina são condições básicas para vivenciar a sexualidade de forma adequada. A união de um casal deve ser pautada no Amor e na prática do Bem; ter ou não ter filhos não deve ser uma obrigação inerente ao casamento.
Na casa espírita, qualquer trabalhador, em qualquer função que exerça, pode estar em qualquer condição sexual desde que se comporte e conduza suas ações de modo adequado, dentro e fora da casa. Além disso, precisa ter conhecimento da doutrina e uma fé consistente que dêem suporte a seu trabalho. A homossexualidade não é uma opção da pessoa nem é provocada por condições familiares, relação parental etc., posto sabermos que na maioria das vezes está definida antes de seu nascimento. Portanto, as pessoas são responsáveis pelo modo como decidem exercer sua sexualidade. A sexualidade não é uma escolha, mas o ato sexual é. Há indivíduos ditos fronteiriços quanto a sua definição sexual devido a conflitos e situações pretéritas. Nestes ocorre um momento onde ele decide por um lado ou por outro e, dependendo do seu grau de esclarecimento, pode fazer uma escolha indevida, problemática para sua vida. Quando percebemos esses sinais em nossas crianças, é nosso compromisso cristão para com elas que as aceitemos com respeito e carinho e as eduquemos segundo os princípios da nossa fé: os critérios evangélicos de ética, de moral e de caridade. Assim estaremos educando aqueles espíritos para que se tornem pessoas de Bem. O trabalhador espírita que ainda não se libertou das amarras do preconceito deve se abster do Atendimento Fraterno dirigido a pessoas cujas características possam lhe provocar sentimentos de desconforto. Tenhamos sempre em mente que a Doutrina Espírita acolhe e compreende, mas não é conivente com condutas que destoam da moral cristã.
Quando o exercício da sexualidade traz angústia e sofrimento ao indivíduo, seja qual for sua condição sexual, é aconselhável que ele se proponha a um período de abstinência sexual, durante o qual buscará estudar e refletir melhor sobre si mesmo, esclarecer-se sobre seu papel no mundo para então escolher um modo de vida que faça dele um membro ajustado e útil à sociedade. Não esquecer, todavia, que essa abstinência deve ser assumida espontaneamente e nunca imposta por outros, o que quase sempre acaba resultando em desvios sexuais. 
Na avaliação dessas situações que ora nos apresentam, como a união civil de homossexuais, devemos sempre usar o bom senso e uma postura tolerante e amorosa para agirmos de forma justa. Reconhecer os direitos legais de um casal homossexual é uma questão de justiça e respeito pelas pessoas, apenas legitima o que já existe e não se constitui um estímulo para “gerar” homossexuais. Na orientação dos indivíduos homossexuais, devemos alertá-los de que são alvos fáceis para a ação perniciosa de outros espíritos que tentarão utilizá-los para satisfazer suas necessidades sexuais, causando grandes perturbações.
Todos os espíritos devem encarnar várias vezes como homem e como mulher para vivenciarem as experiências específicas de cada papel sexual, enriquecendo assim sua caminhada espiritual.Homens e mulheres que vivem de forma promíscua sua sexualidade, sendo permanentemente sedutoras e explorando o outro sexualmente, podem no futuro encarnar como homossexuais como provação para elaborar essa questão.
Não há motivos contrários à adoção de crianças por casais homossexuais visto que já sabemos que essa condição não depende de influência parental direta. Se o casal que se dispõe a adotar tem condições de oferecer às crianças a proteção, o carinho e a educação que elas precisam para crescer saudáveis, nada os desclassifica para serem pais.
Finalmente, lembremos sempre que a homossexualidade não é uma condição permanente, é um estado transitório. Os indivíduos não são homossexuais e, sim, estão homossexuais. E somos todos, antes de tudo, filhos muito amados de Deus.

Dr. Augusto Fernando Haanwinkel - http://www.bezerramenezes.org.br/