Blog do CLE Missionários da Luz (o primeiro Clube do Livro Espírita de Olinda- PE), que tem como objetivo reunir os atuais associados, conquistar novos amigos e divulgar a Doutrina Espírita, praticando um dos belos conselhos do Espírito Emmanuel: "A maior caridade que praticamos, em relação à Doutrina Espírita, é a sua própria divulgação."Sejam todos bem vindos ao nosso Blog!Conheça,divulgue, compartilhe conosco este espaço que é de todos nós!

terça-feira, 31 de julho de 2012

A Fluidoterapia






A fluidoterapia é uma técnica que os médiuns, usando fluidos energizados, utilizam para o tratamento das enfermidades físicas e espirituais.


Aplicados sobre o perispírito, eles são absorvidos à semelhança de uma esponja. É a conhecida terapia do passe, praticada nos centros espíritas.
As operações espirituais também pertencem a esta área de serviços porque são atividades ligadas à manipulação de fluidos humanos e espirituais.
Classificam-se, porém, como fenômenos de características próprias. Por estarem intimamente ligadas à mediunidade curadora, a equipe envolvida nesse trabalho deverá ter, entre seus membros, um ou mais médiuns curadores.


Estes trabalhos são assistidos por entidades desencarnadas, ligadas ao campo da medicina, conhecedoras de particularidades relativas à saúde física-espiritual dos pacientes e à lei de causa e efeito.
Quando se considera o serviço de passe convencional, a magnetização dos pacientes não exige nenhuma condição especial para se realizar.
Qualquer trabalhador ou Espírito esclarecido poderá ministrá-los com bom aproveitamento, sem maiores exigências.
Já na cirurgia perispiritual ela só será concretizada com a presença de médiuns curadores no ambiente, assistidos por Espíritos de médicos desencarnados.
Pode-se dizer que os papéis do médium curador e dos Espíritos cirurgiões seriam os mesmos do farmacêutico e dos médicos.
Enquanto o papel do primeiro é o de ministrar a medicação (fluidos e energias humanas), o desses últimos é o de examinarem cada caso, fazer diagnósticos, prescrever tratamentos fluídicos e, se necessário, realizar cirurgias nos tecidos perispirituais.
Enquanto do lado de cá bastam a imposição de mãos, a prece fervorosa, a conduta moral sadia e a disciplina mediúnica, do lado de lá se desenrola a complexidade das tarefas curativas: - a desobsessão (em alguns casos), os procedimentos cirúrgicos, a escolha e seleção de elementos fluídicos a serem utilizados e o estudo das possibilidades de cura ou melhoria das doenças do paciente, frente às suas necessidades evolutivas.


Causa das enfermidades físicas
As enfermidades podem ser classificadas como sendo oriundas de duas fontes distintas: uma de causa física e a outra de causa espiritual.
Na primeira delas, a origem das doenças reside na alteração da organização física, provocada por uma ação perpetrada no próprio ambiente onde a pessoa está encarnada.
Exemplo: - agressões, acidentes, ação de bactérias, vírus etc.
Na segunda, a causa das enfermidades se dá por causa da presença no perispírito de fluidos espirituais impregnados de baixo magnetismo.
Essa energia ruim atua no corpo espiritual causando desarmonia em sua estrutura.
Por conseqüência, o corpo perispiritual transmite os reflexos dessa desorganização para a estrutura do corpo físico, desgastando-o ou provocando doenças.


O perispírito pode impregnar-se de fluidos nocivos por várias razões. No entanto, as mais graves são os casos de obsessões e a necessidade de depuração do próprio Espírito.
No primeiro caso, a contaminação do tecido perispiritual se dá de fora para dentro e é provocada pela ação de um obsessor.
No segundo, o processo de contaminação acontece de dentro para fora.
A culpa consciencial do Espírito transforma-se numa energia de baixa vibração que aflora nos níveis externos do corpo espiritual, causando alterações em sua estrutura e, por conseguinte, no corpo físico.
A primeira fonte de enfermidades, a física, é objeto de estudo da medicina humana.


A segunda, a espiritual, deve ser preocupação dos estudiosos da ciência espírita, uma vez que a ciência oficial ainda não aceita a existência do Espírito.
Allan Kardec afirma que a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiações do presente ou do passado, ou provas tendo em vista o futuro. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação e para o qual a doença é remédio para a alma.
Isto, no entanto, não quer dizer que se deva deixá-lo ao abandono para que sofra suas expiações.


O espírita deve movimentar todas as suas forças e conhecimentos para curar ou aliviar o sofrimento daqueles que o procuram na sua casa de caridade. O sucesso do empreendimento ficará nas mãos dos Espíritos Superiores, na permissão de Deus e no merecimento de cada paciente.




Fonte: http://www.nenossolar.com.br

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Hora a Hora, Dia a Dia


 




Se desejas pautar o próprio caminho nas diretrizes de Jesus, chamado que te encontras ao serviço do Evangelho, não te esqueças da hora bem vivida para que o teu dia de trabalhador seja realmente uma benção.
  Quando te levantas, cada manhã, vigia os pensamentos com que inicias a tarefa diária, meditando na confiança com que o Cristo te espera a cooperação junto àqueles que te rodeiam.
  Quando começares o desempenho de tuas obrigações, centraliza a força mental no dever a cumprir.
  Se a tua missão permanece circunscrita ao santuário familiar, faze de tua habitação um pequeno paraíso de amor e alegria, ainda mesmo ao preço de tua dor e de tua renúncia, em favor de quantos te participam a experiência.
  Se o teu esforço deve desdobrar-se à distância do lar, recorda o respeito que devemos a todas as criaturas e não gastes a energia de teu verbo senão para consolar e instruir, ajudar e sublimar.
  Em casa ou na via pública, decerto, muitas vezes, receberás a visitação da maledicência a requisitar-te o pensamento e a palavra, à discórdia e à calúnia, à leviandade e à insensatez...
  Agora é um amigo despreocupado que estima a cultura do pessimismo e da crítica, induzindo-te o coração à perda de minutos preciosos da vida reprovando a conduta de autoridades distantes...
  Mais tarde, serás convocado pela observação de parentes consanguíneos, acerca de futilidades mil, que quase sempre envolvem a alheia reputação...
  Não maltrates, nem firas quem te ofereça semelhantes espinhos da roseira do mundo, mas sem afetação e sem alarde, procura encaminhar o conversador para algum tema edificante ou para algum serviço suave em que o concurso dele possa ser valiosamente aproveitado...
  Sobretudo, não te enganes com o apelo anestesiante do repouso desnecessário.
  Dificilmente encontramos a diferença entre a ociosidade e a fadiga.
  Se pretendes conquistar o título de escolhido no campo da Boa Nova, vale-te do chamado de Jesus e movimenta-te no bem com fervor infatigável.
  Observa os teus dias se desejas uma existência rica de graças e, convertendo as tuas horas em cânticos de serviços, encontrarás enfim a comunhão sublime com Aquele que nos ama, desde o princípio dos séculos, e que por amor a nós todos, jamais abandonou o trabalho incessante, de modo a socorrer-nos e a sustentar-nos até o fim.



Emmanuel 





Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


  Livro Mãos Marcadas. Lição nº 35. Página 131.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Reclamar e Exemplificar








Na vida cotidiana, são constantes as reclamações a respeito do proceder alheio.
É comum se achar que o outro faz pior ou menos do que deveria.
Empregados criticam os patrões.
Empregadores acham que seus contratados não trabalham como deveriam.
Esposas consideram que seus maridos não as auxiliam o suficiente nas tarefas do lar.
Esposos se sentem incompreendidos quanto ao cansaço que decorre de seu trabalho.
De um modo ou de outro, sempre se espera bastante do próximo.
Ocorre que ninguém consegue modificar o semelhante à custa de meras exigências ou reclamações, por fundadas que pareçam.
Já grande é o poder transformador do exemplo.
Mais efetivo do que bradar contra os erros do mundo é viver com acerto.
Se você ainda não pode ser considerado um padrão de conduta, lembre-se de que dispõe de pleno poder modificativo sobre si próprio.
A qualquer momento, pode decidir ser compreensivo, trabalhador, generoso e puro.
Por certo, o mundo desafiará tais decisões, tão logo sejam tomadas.
Mas tudo tem um princípio e demora um tempo para se consolidar.
Os maus hábitos de hoje foram construídos em algum momento da jornada milenar.
Em algum instante, a criatura se permitiu o princípio de qualquer leviandade que hoje a infelicita.
Vícios e virtudes são a tragédia ou o tesouro que se constrói com o tempo.
Os vícios ensejam dores e candidatam seu possuidor a sacrificadas vivências de depuração.
Já as virtudes trazem paz e plenitude.
Para ser feliz, incumbe a cada qual desenvolver em si as virtudes mais sublimes, passo a passo.
Cesse, pois, reclamações e pare de se angustiar com o proceder alheio.
Perante o egoísmo que impera no mundo, seja quem auxilia e ampara.
Em face de perversões, mantenha um padrão puro de conduta.
Mesmo entre maledicentes, zele para que sua boca não seja causa de escândalo.
Em um ambiente corrupto, seja rigorosamente honesto.
É maravilhoso que você esteja em condições de perceber e viver o bem, enquanto muitos ainda não o conseguem.
Não menospreze essa dádiva, apenas com base no proceder equivocado dos outros.
Na impossibilidade de modificar o semelhante, cresça em compreensão.
E jamais olvide o poder dos exemplos.
Sua conduta ilibada e desprendida, cedo ou tarde, causará impacto nos que o rodeiam.
Revele a luz que existe em seu ser!
O primeiro a beneficiar-se da luminosidade será você, que gozará da bênção de uma consciência pacificada.
Pense nisso.




Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A Força das Ideias






Normalmente não nos damos conta da força que têm as idéias, no contexto geral da vida.
A idéia é um elemento vivo de curta ou longa duração, que exteriorizamos de nossa alma e que, como criação nossa, forma acontecimentos e realizações, atitudes e circunstâncias que nos ajudam ou desajudam, conforme a natureza que lhe imprimimos.
A idéia é força atuante, e raio criador que estabelece atos e fatos, enquanto lhe damos impulso.
Quando várias idéias se somam, a sua força aumenta, atingindo grandes proporções.
Não é outro o motivo pelo qual as equipes de jogadores encontram dificuldades em vencer fora de casa, como se costuma dizer.
É que a força das idéias dos torcedores, vibrando em uníssono, exerce grande influência, impulsionando o time tanto para a vitória como para a derrota.
Assim acontece também, quando uma pessoa está prestes a deixar o corpo físico e outras tantas pessoas a retêm pelo desejo ardente de que não morra.
Se a hora é chegada, os Benfeitores Espirituais promovem a chamada melhora da morte, para que as idéias de retenção se afrouxem e o Espírito seja desligado do corpo, graças ao relaxamento das idéias-força, que retinham o moribundo.
Nossas idéias podem ser flor ou espinho, pão ou pedra, asa ou algema, que arremessamos na mente alheia e que retornarão, inevitavelmente, até nós, trazendo-nos perfume ou chaga, suplício ou alimento, cadeia ou libertação.
O crime é uma idéia-flagelação que se insinuou na mente do criminoso.
A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, subjugando milhares de consciências.
O bem é uma idéia-luz, descerrando caminhos de elevação.
A paz coletiva é uma coleção de idéias-entendimento, promovendo o progresso geral.
É por essa razão que o Evangelho representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transformadora, que Jesus trouxe para as esferas dos homens, erguendo-os para Deus.
Na manjedoura, implanta o Mestre a idéia da humildade.
Na carpintaria nazarena, traça a idéia do trabalho.
Nas bodas de Caná, anuncia a idéia de auxílio desinteressado à felicidade do próximo.
No socorro aos doentes, cria a idéia da solidariedade.
No Tabor, revela a idéia da sublimação.
No Jardim das Oliveiras, insculpe a idéia da suprema lealdade a Deus.
Na cruz da renúncia e da morte, irradia a idéia do sacrifício pessoal pelo bem dos outros, como bênçãos de ressurreição para a imortalidade vitoriosa.


* * *

Não nos esqueçamos de que nossos exemplos, nossas maneiras, nossos gestos e palavras que saem da nossa boca, geram idéias.
Essas idéias, à maneira de ondas criadoras, vão e vêm, partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós, com a qualidade de sentimento e pensamento que lhes imprimimos, levando-nos ao triunfo ou à derrota.
É por isso que, em nossas tarefas habituais, precisamos selecionar as idéias que nos possam garantir saúde e tranqüilidade, melhoria e ascensão.
Pensemos nisso!


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20, pelo Espírito Emmanuel, do livro Vozes do grande Além, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ouve e Segue




Muitos companheiros em abençoadas tarefas alusivas ao próprio aperfeiçoamento, na seara do bem, largaram encargos e compromissos por ouvirem dizer...
     Ouviram dizer palavras descaridosas que lhes arrefeceram o propósito de trabalhar e o anseio de servir.
     Prepara-te a fim de ouvir semelhantes projeções de zombaria por parte daqueles que ainda não despertaram para o amor que Jesus nos ensinou e não abandones o teu lugar de ação.
    Se cometeste algum erro no passado, dirão que não mereces confiança.
    Caso ainda não possuas cultura do mais alto gabarito, nomear-te-ão por ignorante.
    Na hipótese de usares discrição e benevolência para com os outros, classificar-te-ão por modelo de ingenuidade.
    Se carregas algum desajuste psicológico, suportarás julgamentos precipitados com amargos pejorativos de permeio.
    Em revelando essa ou aquela enfermidade, afirmarão que te apaixonaste por desânimo e doença.
    Demonstrando afeição mais íntima por essa ou aquela pessoa, desenharão estranhas sombras sobre os teus mais belos sentimentos.
    Quando isso te ocorra, escuta as censuras que se te façam, guarda silêncio na certeza de que Deus tudo reajustará no tempo próprio e prossegue agindo e construindo a felicidade do próximo, porquanto erguer a felicidade alheia será descerrar no coração a fonte de nossas próprias alegrias.
    E ainda mesmo quando as tuas faltas hajam sido muitas, continua trabalhando e servindo, no levantamento do bem, recordando que o próprio Jesus declarou, ele mesmo, não ter vindo à Terra para curar os sãos.

 Meimei
Livro: Somente Amor – Psicografia: Francisco C. Xavier – Espíritos: Maria Dolores e Meimei.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Paz Convosco






Após o drama do Calvário, consumada Sua desencarnação, Jesus logo principiou a manter contato com os Apóstolos.
Por algum tempo, dedicou-Se a orientá-los e a encorajá-los.
Em uma dessas aparições, afirmou: A paz seja convosco.
Essa singela frase, no contexto em que foi proferida, enseja interessantes reflexões.
Muita gente se interroga a respeito do auxílio que pode obter do plano espiritual.
Sob diferentes roupagens religiosas e, ao abrigo das mais diversas crenças, há o hábito de muito pedir e esperar.
Há até quem seja adepto da prática de estabelecer mecanismo de trocas, a título de votos e promessas.
Por vezes, a ausência da resposta almejada provoca inquietação.
Há quem indague a razão pela qual as almas redimidas não proporcionam descobertas sensacionais ao mundo.
Afirma-se que elas bem poderiam revelar o processo de cura de moléstias que desafiam a ciência.
Também poderiam interferir nos choques existentes entre as nações, a fim de pacificá-las.
Imagina-se que alguns espetáculos espirituais muito contundentes lograriam produzir maravilhas no palco terrestre.
Entretanto, essa linha de raciocínio queda distante de noções mínimas de justiça.
Seria terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e elevação.
Quem deseja o maravilhoso implantado já, com estrépito, costuma se aborrecer com algumas orientações que vêm do plano espiritual.
Dele, habitualmente, chegam reiteradas e afetuosas recomendações de paz na luta.
Quem se agasta com esse tipo de resposta manifesta ausência de harmonia com a mensagem do Cristo.
O Mestre efetivamente retornou do plano espiritual para confortar Seus discípulos.
Mas O fez de forma reservada e não em plena praça pública, com tumulto e escândalo.
Não lhes deu soluções fáceis para os problemas que vivenciavam e vivenciariam.
Não fez revelações bombásticas de ordem supernatural.
Jesus apenas demonstrou a sobrevivência da alma após a morte do corpo e lhes desejou paz.
Contudo, isso deve bastar para a alma sincera que procura a integração com a vida mais alta.
Envolve grande responsabilidade reconhecer a continuação da existência, para além da morte física.
Como o ser continua, individualizado e consciente, ele deve se submeter a exame quanto aos seus compromissos individuais.
Trabalhar e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão, no atual estágio humano.
Que os homens atendam a esses imperativos da lei, com bastante paz, é o desejo amoroso e puro de Jesus Cristo.
Convém esforçar-se por entender semelhante verdade, para não desperdiçar valiosas oportunidades.
Muitos aguardam grandes sinais para começar a agir.
Esses se assemelham a preguiçosos, que muito esperam sem nada fazer para atingir seus objetivos.
Pense nisso.





Redação do Momento Espírita, com base no cap. 53, do livro Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 01.03.2012.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Beneficência






Várias maneiras há de fazer-se a caridade, que muitos dentre vós confundem com a esmola. Diferença grande vai, no entanto, de uma para outra. 

A esmola, meus amigos, é algumas vezes útil, porque dá alívio aos pobres; mas é quase sempre humilhante, tanto para o que a dá, como para o que a recebe. A caridade, ao contrário, liga o benfeitor ao beneficiado e se disfarça de tantos modos! Pode-se ser caridoso, mesmo com os parentes e com os amigos, sendo uns indulgentes para com os outros, perdoando-se mutuamente as fraquezas, cuidando não ferir o amor-próprio de ninguém. Vós, espíritas, podeis sê-lo na vossa maneira de proceder para com os que não pensam como vós, induzindo os menos esclarecidos a crer, mas sem os chocar, sem investir contra as suas convicções e, sim, atraindo-os amavelmente às nossas reuniões, onde poderão ouvir-nos e onde saberemos descobrir nos seus corações a brecha para neles penetrarmos. Eis aí um dos aspectos da caridade. 
Escutai agora o que é a caridade para com os pobres, os deserdados deste mundo, mas recompensados de Deus, se aceitam sem queixumes as suas misérias, o que de vós depende. Far-me-ei compreender por um exemplo. 


Vejo, várias vezes, cada semana, uma reunião de senhoras, havendo-as de todas as idades. Para nós, como sabeis, são todas irmãs. Que fazem? Trabalham depressa, muito depressa; têm ágeis os dedos. Vede como trazem alegres os semblantes e como lhes batem em uníssono os corações. Mas, com que fim trabalham? É que vêem aproximar-se o inverno que será rude para os lares pobres. As formigas não puderam juntar durante o estio as provisões necessárias e a maior parte de suas utilidades está empenhada. As pobres mães se inquietam e choram, pensando nos filhinhos que, durante a estação invernosa, sentirão frio e fome! Tende paciência, infortunadas mulheres. Deus inspirou a outras mais aquinhoadas do que vós; elas se reuniram e estão confeccionando roupinhas; depois, um destes dias, quando a terra se achar coberta de neve e vós vos lamentardes, dizendo: "Deus não é justo'', que é o que vos sai dos lábios sempre que sofreis, vereis surgir a filha de uma dessas boas trabalhadoras que se constituíram obreiras dos pobres, pois que é para vós que elas trabalham assim, e os vossos lamentos se mudarão em bênçãos, dado que no coração dos infelizes o a amor acompanha de bem perto o ódio. 


Como essas trabalhadoras precisam de encorajamento, vejo chegarem-lhes de todos os lados as comunicações dos bons espíritos. Os homens que fazem parte dessa sociedade lhes trazem também seu concurso, fazendo-lhes uma dessas leituras que agradam tanto. E nós, para recompensarmos o zelo de todos e de cada um em particular, prometemos às laboriosas obreiras boa clientela, que lhes pagará à vista, em bênçãos, única moeda que tem curso no Céu, garantindo-lhes, além disso, sem receio de errar, que essa moeda não lhes faltará. 


Cáritas. (Lyon, 1861.) 

( O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XIII item 14)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Verdadeira Amizade






Você já parou para pensar sobre o que é a verdadeira amizade?


A palavra amigo é usada de maneira muito ampla pela maioria de nós.


Apresentamos como amigos os colegas de escola ou de faculdade; os colegas de trabalho, os amigos que conosco praticam esporte, ou aqueles com quem nos relacionamos em várias atividades.


E é bom que assim seja, pois ao chamarmos de amigos, de alguma forma os aceitamos, e passamos a tentar conviver bem com eles.


Mas será que esses são os nossos verdadeiros amigos? Será que nós somos os verdadeiros amigos dessas pessoas?


Nossos verdadeiros amigos têm uma real conexão conosco. São aqueles que realmente gostam de nós e de quem nós gostamos verdadeiramente.


O verdadeiro amigo nos aceita como somos, mas não deixa de nos dar conselhos para que mudemos, sempre para melhor. E nós aceitamos esses conselhos porque sabemos que vêm de quem se importa conosco.


O verdadeiro amigo se alegra com nossas alegrias, com nossos sucessos, e torce pela realização de nossos sonhos.


O verdadeiro amigo preocupa-se quando estamos tristes e, frente a situações difíceis para nós, está sempre disposto a ajudar.


O verdadeiro amigo não precisa estar presente em nossas vidas todos os dias, mas sabemos que está ao nosso alcance quando sentirmos saudades, quando quisermos saber se ele está bem, ou quando precisarmos dele.


Distâncias não encerram amizades sólidas, em uma época onde a comunicação é tão fácil. Mas, mesmo sem um contato constante, o sentimento de afeto não se abala.


É do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, a famosa frase: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.


Se cativamos um amigo, então somos responsáveis por essa amizade. Devemos saber retribuir as atenções e o carinho recebidos, com a mesma dedicação.


Afinal, a real amizade é como uma estrada de duas mãos: nos dois sentidos os sentimentos são semelhantes.


Com o verdadeiro amigo temos a chance de praticar o real amor para com o próximo, ainda tão difícil de praticar com todos, como Jesus recomendou.


Temos a chance de praticar o perdão, pois nosso caro amigo tem o direito de errar como qualquer ser humano o tem. E, se errar conosco, que o perdoemos, pois amanhã talvez sejamos nós a pedir perdão.


Jesus e Seus apóstolos formaram um grupo de dedicados amigos. Muitos deles, sem se conhecerem previamente, desenvolveram, naqueles curtos três anos da pregação do Mestre, uma amizade que duraria até o fim de suas vidas.


Quando, após a morte de Jesus, se viram aparentemente sozinhos, ajudaram-se mutuamente, deram forças uns aos outros para a dura missão que teriam pela frente.


Amigos são verdadeiros presentes que Deus nos dá. Muitas vezes são antigos companheiros de jornada que reencontramos, para que continuemos juntos, nos apoiando nesta nova caminhada.


Não busquemos quantidade, mas, sim, a qualidade, certos de que a verdadeira amizade deve ser cultivada e cuidada como algo de real valor em nossa vida, algo que não nos pode ser tirado, e que levaremos conosco eternamente.



Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. Fep.
Em 13.10.2009.


Uma singela homenagem de nós que fazemos o CLE Missionários da Luz a todos os amigos de nosso blog!
Beijos de luz!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Oração de Bezerra de Menezes






Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes 
e suas legiões de companheiros.
Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que 
se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos 
que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.
Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te 
reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de 
Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor 
triunfe sobre todas as coisas.
Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas 
falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos Espíritas, 
dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as 
criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo 
os Divinos Exemplos de Jesus Cristo.
Assim seja!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Afinidade Espiritual







"Numa análise profunda em torno da problemática saúde/doença, pode-se afirmar 
que sempre o enfermo é o Espírito, em face dos seus compromissos em relação à vida.


Os sofrimentos que se derivam das enfermidades fazem parte da programática evolutiva do ser, 
que deles necessita, a fim de melhor ponderar em relação aos compromissos existenciais, nem 
sempre respeitados, invariavelmente relegados a plano secundário.
Nessa ocorrência, a da enfermidade, também incluem-se os fenômenos obsessivos, que 
podem responsabilizar-se por algumas delas, dando-lhes origem ou piorando-lhes o quadro 
em decorrência das afinidades existentes entre o paciente e o espírito agressor.


Vinculados pela carga emocional débito/demérito, a influência do Espírito desencarnado em relação ao encarnado, consequência de gravames praticados anteriormente, podendo também ser efeito da 
existência atual, tornando-se insistente presença no perispírito do seu antagonista, as contínuas 
cargas de energia morbosa que exterioriza terminam por desorganizar-lhe os equipamentos 
fisiológicos, facultando o surgimento das doenças de vária ordem.


Por outro lado, debilitando-se o indivíduo por efeito de alguma desordem orgânica, torna-se 
presa fácil dos inimigos que o sitiam, sofrendo-lhes as energias fluídicas perniciosas que lhe 
pioram o quadro na área da saúde, tornando-a mais difícil de ser recuperada.


Invariavelmente, portanto, em todos os processos enfermiços que alcançam a criatura humana encontram-se presentes influências espirituais perniciosas, tendo-se em vista a necessidade do paciente resgatar equívocos 
defluentes da conduta infeliz nas experiências passadas.


A Lei das afinidades espirituais, resultantes do estágio de evolução moral dos espíritos em relação a si mesmos e ao próximo, trabalha em favor do equilíbrio cósmico no indivíduo, estabelecendo que, onde se encontra o endividado aí se faz presente o cobrador, porque ninguém pode desconsiderar os estatutos morais que vigem no universo sem sofrer-lhes os efeitos, de acordo com o tipo de agressão praticada. 


É desse modo que a consciência culpada, esteja consciente ou não do crime praticado, elabora 
mecanismos punitivos autorreparadores, criando situações emocionais próprias aos conflitos e, 
noutras vezes, descarregando a culpa nas telas delicadas da organização cerebral, que as transfere para o sistema nervoso central, é direcionada para o sistema endócrino e, por fim, para o imunológico, desestabilizando-o...


Se compreendessem que vivem num mundo de intercâmbio de mentes e de ondas, de vibrações e de energias de toda procedência, melhor precatar-se-iam as criaturas humanas das intoxicações espirituais venenosas, pelo cultivar dos pensamentos saudáveis, geradores de campos psíquicos harmônicos, que se tornariam defesas naturais em relação às influências tormentosas. 


Na sublime lição de Jesus, quando sugeriu: "Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado", encontra-se a saudável advertência para o cultivo dos pensamentos superiores, evitando a construção ideológica de enfermidades, de desconcertos, de distúrbios da emoção.


A constância mental em torno dos valores elevados é de relevante significado, porquanto, além de beneficiar aquele que a mantém, espraia-se em volta, beneficiando todos aqueles que se lhe acercam em qualquer um dos planos da vida. 


Quando alguém se aproxima de um pântano ou de um jardim, desejando-o ou não, aspira o odor característico e, ali, demorando-se, impregna-se da sua exteriorização. 


No que diz respeito às ondas mentais, ao clima psíquico, a ocorrência é idêntica, propiciando cuidados em relação ao que se pensa, ao que se aspira, à forma como cada qual se comporta." 





Autor: Manoel Philomeno de Miranda
Psicografia de Divaldo Franco. Livro Mediunidade: Desafios e Bençãos

terça-feira, 17 de julho de 2012

A Tradução Divina





Todos buscamos a confortadora emoção do contato com Jesus através de exposições variadas da Boa Nova, nas mais diversas línguas...
Sedentos de luz tentamos interpretações novas do Mestre, em novos tons e diferenciados e
stilos. Estudamos passagens múltiplas de seu apostolado, gastando dias e existências na pesquisa de valores da Revelação. Por vezes, discutimos, acaloradamente, transformando-nos, não raro, em ásperos paladinos da verdade, na ânsia de aproximação do Amigo Divino, consumindo o tempo na experimentação, no exame, na expectativa...

Mas, se na realidade somos os aprendizes de muitos séculos, ouvintes e beneficiários do Sublime Orientador que jamais se enfada de nossas indagações, quase sempre caracterizadas pela imobilidade, famintos de bênçãos a procura de exposições humanas dos ensinamentos do Céu, o Senhor aguarda, igualmente, com justificada sede de compreensão, a tradução divina do seu Evangelho de Amor, em nossas próprias vidas, nas linhas retas de nossas atitudes, nas frases construtivas do nosso sentimento, nos trechos edificantes de nossos testemunhos de fé e nos discursos substanciais de nossas ações de fraternidade e serviço, elevação e regeneração, uns à frente dos outros.

Entre nós, precisamos de letrados e oradores, de artistas intelectuais e de mordomos do verbo para semear a Boa Nova, mas Jesus pede simplesmente irmãos e amigos, companheiros e lidadores, tocados de confiança, simplicidade e dedicação, que lhe expressem no mundo a conceituação dignificante da vida.

Esforcemo-nos para que não estejamos somente aptos a traçar a fraseologia convincente e brilhante, por intermédio da palavra ou do lápis, ensinando a ciência da renovação para a vida superior, que nos constitui elevado dever, mas que nos habilitemos também à divina tradução do Testamento de Luz, convertendo as nossas experiências em páginas vivas de exemplificação santificante e beleza imortal.

Emmanuel

Do livro “Taça de Luz”, , Francisco Cândido Xavier 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sofreste Decepções?








Não são poucas as pessoas que se tornam amargas, descrentes ou frias, evocando decepções que tenham sofrido aqui ou ali, envolvendo outras pessoas no envolvimento desafortunado.
Realmente, pode-se admitir que alguém se decepcione, porém, deveremos deter-nos, a fim de examinar melhor semelhante situação.
Não é muito real que nos decepcionemos com as pessoas que estão no mundo sofrendo as mesmas compressões, carências ou tormentos que nós mesmos. Uma vez que elas jamais assinaram compromissos de infalibilidade conosco, em nada tem que agradar-nos ou operar somente as coisas que gostamos.
O simples fato de os nossos irmãos da faixa evolutiva se acharem conosco no mundo, é suficiente para que não os idolatremos, não os santifiquemos, pois todos tem pontos de fragilidade ou mesmo seus pontos sombrios.
A nossa decepção, portanto, dá-se com nossa forma de avaliar, de julgar os companheiros, situando-os em altares que não pediram para estar, e, ainda que o tivesses pedido, caber-nos-ia o bom senso. Decepcionamo-nos, no caso, conosco mesmos...
Não nos parece plausível que alguém se decepcione com a sua religião, com a sua doutrina de fé cristã a espalhar em toda parte, para os seres de lúcida e boa vontade, os ensinamentos deixados por Jesus Cristo.
O que se passa é que se costuma confundir as doutrinas que ensinam o nobre e o belo, o luminoso e o salutar, com os doutrinadores que, não obstante exaltem tais virtudes como valores a perseguir-se, conduzem as próprias existências em oposição aos princípios apregoados.
Muitos dos que se erigem como representantes de Deus, do Cristo ou dos Seus Prepostos, na Terra, não crem propriamente no que expressam, desejam, isso sim, sacar proveitos materiais para si próprios, valendo-se da credulidade irrefletida ou das limitações intelectuais do seu rebanho.
Como não foi a Consciência Celeste que os ungiu com as prerrogativas de superioridade, e como, desde o Cristo no mundo, vem Ele exprimindo a necessidade dos cuidados com os falsos profetas, com os exploradores das viúvas, e outros exímios aproveitadores de ocasiões, cabe a cada um o dever de exercitar-se no discernimento, de crescer nas reflexões, comparando os frutos com as qualidades das árvores donde eles procedem, de modo a não se deixarem iludir.
Como vemos, não se decepcionaram com o espírito de religiosidade ou com as mensagens da Boa Nova. Faltava-lhes, exatamente, maior acercamento dessas mensagens; maior penetração nos seus conteúdos, esforçando-se para não tombar em armadilhas para incautos ou fanatizados. Ainda aqui, decepciona-se a criatura consigo mesma...
Estás decepcionado? Sofreste decepções pelos caminhos? Arregimenta todos os teus recursos de maturidade, de experiências positivas, avalia as tuas próprias queixas contra pessoas e situações e verás que tens sido o grande responsável pelas frustrações do caminho. Tens, tu mesmo, engendrado as ondas decepcionantes que te deprimem, que te magoam.
Amadurecendo, gradualmente, nos estudos e labores do bem, aprendendo a examinar cada coisa, cada situação, aprendendo a te examinares a ti mesmo com atenção, crescerás para a Grande Luz sem mais te decepcionares com nada e com ninguém, uma vez que terás aprendido a compreender cada indivíduo no nível geral em que se encontre, sem que dele, por isso mesmo, nada exijas, enquanto que a ti mesmo te impões uma dieta de maturidade, de indulgência e de benevolência para que avances, com disposição de brilhar, sob a proteção de Deus.



Livro: Revelações da Luz 
Camilo & J. Raul Teixeira

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Jesus




Divino Senhor
Fez-se humilde servo da humanidade.
Pastor Supremo
Nasceu na manjedoura singela.
Ungindo da Providência
Preferiu chegar ao planeta, no espesso manto da noite, para que o mundo não lhe visse a Corte Celestial.
Orientador das Esferas Resplandecentes
Rejubilou-se na casinha rústica de Nazaré.
Prometido dos profetas
Escolheu a simplicidade para instituir o Reino de Deus.
Enviado Às nações
Preferiu conversar com os doutores na condição de criança.
Luzeiro das Almas
Consagrou longos anos à preparação e à meditação a fim de ensinar às criaturas o caminho da redenção.
Verbo Sagrado do Princípio
Submeteu-se à limitação da palavra humana para iluminar o mundo.
Sábio dos Sábios
Valeu-se de pescadores pobres e simples pra transmitir aos homens a divina mensagem.
Mestre dos Mestres
Utilizou-se da cátedra da natureza, entre árvores acolhedoras e barcos rudes, disseminando as primeiras lições do Evangelho Renovador.
Majestade Celeste
Conviveu com infelizes e desalentados da sorte.
Príncipe do Bem
Não desdenhou as vítimas do mal, amparando as mulheres desventuradas e sentando-se à mesa de pecadores envilecidos.


Instrutor de entidades Angélicas
Andou com a multidão de leprosos, estropiados e cegos de todos os matizes:
Administrador da Terra
Ensinou o respeito a César, consagrando a ordem e santificando a hierarquia:
Benfeitor das Criaturas
Recebeu, a calúnia, o ridículo, a ironia, o desprezo público, a prisão dolorosa e o inquérito descabido:
Amigo Fiel
Viu-se sozinho, no extremo testemunho:
Juiz Incorruptível
Não reclamou contra os falsos julgamentos de sua obra:
Advogado do Mundo
Acolheu a cruz injuriosa:
Ministro da Divina Palavra
Adotou o silêncio, ante a ignorância de seus perseguidores.
Dono do Poder
Rogou perdão pra os próprios algozes.
Médico Sublime
Suportou chagas sanguinolentas.
Jardineiro de Flores Eternas
Foi coroado de espinhos cruéis.
Companheiro Generoso
Recebeu açoites e bofetadas.
Condutor da Vida
Aceitou o crucifixo entre ladrões.
Emissário do Pai
Manteve-se fiel a Deus até fim:
Mensageiro da Luz Imortal
Escolheu o coração amoroso e renovado de Madalena para espalhar na Terra as primeiras alegrias da ressurreição.
Mordomo dos Bens Eternos
Em precisando de alguém pra colaborar com os seus seguidores sinceros, busca Saulo de Tarso, o perseguidor, e transforma-o no amigo incondicional.
Coordenador da Evolução Terrestre
Necessitando de trabalhadores para as missões especializadas, procura os Ananias da fé, os Estevãos do trabalho e os Barnabés anônimos da cooperação.
Missionário Infatigável da Redenção Humana
Foi sempre e ainda é o maior servidor dos homens de todos os tempos e civilizações da Terra.
Recordando o Mestre Divino
Convertamo-nos ao seu Evangelho de Amor para que a sua luz nasça na manjedoura de nossos corações pobres e humildes!
E, edificados no seu exemplo, abracemos a cruz de nossos preciosos testemunhos, marchando ao encontro do Senhor, no iluminado País da Ressurreição Eterna!
A Religião Espírita delineia-se como força atuante dentro da sociedade moderna, baseando-se totalmente no ensino moral do Evangelho.
O ensino moral do Cristo é o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. 


Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lembrança de Uma Existência Anterior






Excelente texto para análise e reflexão:


Um dos nossos assinantes nos comunicou uma carta de um de seus amigos, da qual extraímos a passagem seguinte:


"Pedistes a minha opinião, ou antes a minha crença na presença, ou não, junto a nós, das almas daqueles que amamos. Pedistes, também, algumas explicações quanto à minha convicção de que as nossas almas mudam bastante rapidamente de envoltório.


"Dir-vos-ei, por ridículo que isso possa parecer, que a minha convicção sincera é ter sido assassinado durante os massacres de São Bartolomeu. Eu era bem criança quando essa recordação veio ferir a minha imaginação. Mais tarde, quando li essa triste página da nossa história, pareceu-me que muitos desses detalhes me eram conhecidos, e creio ainda que se a velha Paris pudesse ser reconstruída, eu reconheceria essa sombria alameda onde, fugindo, senti o frio de três golpes de punhal pelas costas. Há detalhes dessa cena sanguinolenta que estão na minha memória, e que nunca desapareceram. Por que eu tinha essa convicção antes de saber o que era a São Bartolomeu? Por que, lendo o relato do massacre, eu disse a mim: foi o meu sonho, aquele desagradável sonho que tive em criança, e cuja lembrança ficou-me tão vivaz? Por que, quando quis consultar a minha lembrança, forçar o meu pensamento, fiquei como o pobre louco ao qual surgiu uma idéia, e que parece lutar para encontrar de novo a sua razão? Por que? Disso não sei nada. Achar-me-eis ridículo, sem dúvida, mas com isso não guardarei menos a minha lembrança, a minha convicção.


"Se vos dissesse que tinha sete anos quando um sonho me veio, e ele era tal: Eu tinha vinte anos, era jovem, bem posto, penso que era rico. Vim bater em duelo, e fui morto. Se vos dissesse que essa salvação que se faz nas armas antes de bater-se, eu a fiz a primeira vez que tive um florete na mão. Se vos dissesse que cada preliminar, mais ou menos graciosa, que a educação ou a civilização colocaram na arte de se matar, era-me conhecida antes da minha educação nas armas, dir-me-eis, sem dúvida, que sou louco ou maníaco; talvez muito, mas parece-me às vezes que um clarão fura esse nevoeiro, e tenho a convicção de que a lembrança do passado se restabelece na minha alma.


Se me perguntardes se creio na simpatia das almas, no seu poder de se colocar em contato elas mesmas, apesar da distância, apesar da morte, eu vos responderei: Sim, este sim será pronunciado com toda a força da minha convicção. Ocorreu-me encontrar-me a vinte e cinco léguas de Lima, depois de oitenta dias de viagem, e despertar todo em pranto com uma verdadeira dor do coração; uma tristeza mortal se apoderou de mim, todo o dia. Consignei este fato em meu diário. Em hora semelhante, na mesma norte, meu irmão foi atingido por um ataque de apoplexia que comprometeu gravemente a sua vida. Confrontei o dia, o instante, tudo estava exato. Eis um fato; as pessoas existem, dir-me-eis que sou louco.


"Eu não li nenhum autor tratando de semelhante assunto; fá-lo-ei em meu retorno; talvez essa leitura derramará um pouco de luz em mim."


O senhor V..., o autor desta carta, é oficial da marinha e atualmente em viagem. Poderia ser interessante ver se, evocando-o, confirmaria as suas lembranças, mas haveria a impossibilidade de preveni-lo quanto à nossa intenção, e por outro lado, em razão de seu estado, poderia ser difícil encontrar um momento propício. Todavia, nos foi dito para chamar o seu anjo guardião quando quiséssemos evocá-lo, e que ele nos diria se poderíamos fazê-lo.


1. Evocação do anjo guardião do senhor V... - R. Atendo ao vosso chamado.


2. Conheceis o motivo que nos faz desejar evocar o vosso protegido; trata-se, não de satisfazer uma vã curiosidade, mas de constatar, se isso for possível, um fato interessante para a ciência espírita, o da lembrança de sua precedente existência. - R. Compreendo o vosso desejo, mas no momento seu Espírito não está livre, está ocupado ativamente pelo seu corpo e numa inquietação moral que o impede de estar em repouso.


3. Está ainda no mar? - R. Está em terra; mas eu poderia responder a algumas de vossas perguntas, uma vez que aquela alma sempre esteve confiada à minha guarda.


4. Uma vez que sois bastante bom para responder-nos, perguntaremos se a lembrança que ele acreditou ter conservado de sua morte numa precedente existência é uma ilusão? - R. É uma intuição muito real; essa pessoa estava bem na Terra nessa época.


5. Por qual razão essa lembrança é mais precisa para ele que para outras pessoas? Há nisso uma causa fisiológica ou uma utilidade particular para ele? - R. Essas lembranças vivazes são muito raras; ela se prende um pouco ao gênero de morte que a impressionou, de tal modo que está, por assim dizer, encarnado em sua alma. Entretanto, muitas outras pessoas tiveram mortes também terríveis, e a lembrança não lhes permaneceu; Deus não permite isso senão raramente.


6. Desde essa morte, quando da São Bartolomeu, ele teve outras existências? - R. Não.


7. Que idade tinha quando foi morto? - R. Uns trinta anos.


8. Pode-se saber o que ele era? - R. Estava ligado à casa de Coligny.


9. Se pudéssemos evocá-lo, a ele mesmo, teríamos perguntado se se lembra o nome da rua onde foi assassinado, a fim de ver-se, colocando-se sobre os lugares, quando viera a Paris, a lembrança da cena seria ainda mais precisa? - R. Foi na encruzilhada Bucy.


10. A casa onde foi morto ainda existe? - R. Não; ela foi reconstruída.


11. No mesmo objetivo, teríamos perguntado se se lembra do tome que tinha? - R. Seu nome não é conhecido na história, porque era simples soldado. Chamava-se Gaston Vincent.


12. Seu amigo, aqui presente, desejaria saber se ele recebeu a sua carta? - R. Não, ainda.


13. Éreis seu anjo guardião nessa época? - R. Sim, então e agora.


Nota: Os céticos, mais maus brincalhões do que sérios, poderiam dizer que o seu anjo guardião guardou-o mal, e perguntar por que não desviou a mão que o atingiu. Embora uma semelhante pergunta mereça apenas uma resposta, algumas palavras a este respeito talvez não sejam inúteis.


Diremos primeiro que, uma vez que está na natureza do homem morrer, não está no poder de nenhum anjo guardião o opor-se ao curso das leis da Natureza, de outro modo não haveria razão para que não impedissem a morte natural tão bem quanto a morte acidental; em segundo lugar, estando no destino de cada um o instante e o gênero da morte, é necessário que esse destino se cumpra. Diremos enfim, que os Espíritos não encaram a morte como nós; a verdadeira vida é a vida do Espírito, das quais as diversas existências corpóreas não são senão episódios; o corpo é um envoltório que o Espírito reveste momentaneamente, e que deixa como o faz com uma roupa quando está usada ou dilacerada; pouco importa, pois, que se morra um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde, de um modo ou de outro, uma vez que, em definitivo, é necessário sempre ali chegar, e que essa morte, longe de causar um prejuízo ao Espírito, pode ser-lhe mais útil segundo a maneira pela qual se cumpra; é o prisioneiro que deixa a sua prisão temporária para gozar da liberdade eterna. Pode ser, pois, que o fim trágico de Gaston Vincent tenha sido uma coisa útil para ele como Espírito, o que seu anjo guardião compreende melhor do que nós, porque um não vê senão o presente, ao passo que o outro vê o futuro. Os Espíritos arrebatados deste mundo por uma morte prematura, na flor da idade, freqüentemente nos responderam que era um favor de Deus, que assim os preservara dos males aos quais, sem isto, estariam expostos.





Revista Espírita, julho de 1860


(Sociedade, 25 de maio de 1860.)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Maneiras de Ver as Coisas






Conta-se que uma indústria de calçados do Brasil desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia e, em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes daquele país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado.
Após alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria:
Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos.
Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu parecer:
Senhores, tripliquem a quantidade de sapatos do projeto de exportação para a Índia, pois aqui ninguém usa sapatos, ainda.
A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para o outro.
Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes.
A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase:
Os tristes acham que o vento geme. Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta.
Os derrotistas falam da crise como se o mundo fosse acabar por causa dela, mas os otimistas e empreendedores dizem o seguinte:
Bendita crise que sacode o mundo e a minha vida.
Bendita crise que está reciclando tudo.
Bendita crise que faz o mundo se reestruturar.
Bendita crise que traz a transformação.
Bendita crise que traz a evolução e o progresso.
Bendita crise que traz novos desafios.
Bendita crise que me tira a ilusão de permanência.
Bendita crise que me tira do marasmo.
Bendita crise que me ensina o que é verdadeiramente importante.
Bendita crise que me revela minha própria sabedoria.
Bendita crise que dissolve meus apegos.
Bendita crise que amplia minha visão.
Bendita crise que me faz humilde.
Bendita crise que me faz voltar a ter fé.
Bendita crise que me faz dar mais importância à vida.
Bendita crise que abre meu coração.
Bendita crise que me mostra a luz.
Bendita crise que me mostra outras oportunidades.
Bendita crise que me traz de volta a confiança.
Bendita crise que me traz de volta à minha essência.
Bendita crise que me desperta o amor pela Humanidade.
Bendita crise que é o ponto de mutação.
Bendita crise que me abre novos horizontes...


* * *


E você, como tem encarado as situações difíceis ou as crises?
Lembre-se que da sua maneira de ver as dificuldades dependerá a resolução ou o seu agravamento.


* * *


O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo dos seus próprios pensamentos e atos.
A maneira como você encara a vida é que vai fazer a diferença.
Pense nisso!



Redação do Momento Espírita, com base em pensamentos de autoria ignorada.
Em 15.10.2010.