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sexta-feira, 2 de março de 2012

Emancipação da Alma


Se aspiras a compreender o que seja a emancipação espiritual para os que esperam a morte, de mãos no arado das obrigações fielmente cumpridas, ouve os companheiros encarcerados nas provas supremas da retaguarda.
     
Pergunta aos cegos que passam a existência buscando debalde fitar o colorido das flores, como se comportariam, obtendo, de improviso o dom inefável da visão, diante da luz;
        
examina os mais íntimos anelos dos paralíticos, que atravessam longo tempo atarraxados no catre da aflição, suspirando por rastejarem;
        
reflete no martírio dos companheiros que amargam no hospital o transitório desequilíbrio da mente, sequiosos de retorno ao próprio domínio;
        
sonda a agonia silenciosa dos mudos que despenderiam alegremente todas as forças de que dispõem, a fim de pronunciarem breves palavras;
        
registra os soluços dos órfãos pequeninos, suplicando aconchego no coração materno;
        
medita na tortura constante dos que foram expulsos do lar, injustiçados e infelizes, sonhando o regresso aos braços que mais amam;
        
relaciona os suplícios dos que jazem nas penitenciárias dispostos a darem tudo de si mesmos, pelo perdão das próprias vítimas, de modo a aplacarem as chamas do remorso que lhes revolvem as consciências;
        
conta as lágrimas das mães desditosas que anseiam acariciar os filhos domiciliados para lá do sepulcro e dos quais se separam, muitas vezes, nas horas mais belas da juventude;
        
cbserva o tormento da alma que ficou sozinha no mundo, tateando em desespero a lousa em que viu desaparecer os derradeiros sinais humanos da outra alma, cujo amor lhe resume a razão de ser;
        
inventaria os pesadelos ignorados de quantos se curvam para a terra, suportando os extremos achaques da velhice corpórea, à feição do viajante dentro da noite, indagando às estrelas da oração pela hora da alma...
        
Emancipação! Todos que estiverem, um dia, encadeados às trevas da provação conhecem a grandeza dessa palavra!
        
Emancipação espiritual é a mensagem da morte, no entanto, para que a morte seja alegria e clarão, liberdade e reencontro, preciso tenhamos sabido aceitar a escola da experiência terrestre, aprendendo a sofre e servir na veste física, a encharcar-se de suor no trabalho digno, a fim de recebermos as chaves de luz do lar eterno, na plenitude da Vida Maior.

Emmanuel / Psicografia Francisco Cândido Xavier / Livro: Família.               
                                         
                                                                   ***

Quantos sofrimentos podemos mencionar dentre aqueles que vemos diariamente! E quanta esperança não alenta o coração daqueles que sofrem!

O cego tem a esperança de, por um instante, ver o colorido das flores, o paralítico suspira por rastejar, o órfão suplica aconchego no coração materno, as mães, cujos
filhos desencarnaram na juventude, anseiam acariciá-los.

Repetimos: quanto sofrimento e quanta esperança! A esperança surge no coração sofrido, alimentada pelas
bem-aventuranças que Jesus mencionou.


O Mestre promete:
"Bem-aventurados os aflitos, pois eles serão consolados."
"Bem-aventurados os que choram, porque haverão de rir."

Baseados nas promessas de Jesus, suportamos todos os sofrimentos, sabendo serem necessários para a nossa emancipação espiritual, conforme nos orientou Emmanuel:

"Emancipação espiritual é a mensagem da morte; no entanto, para que a morte seja alegria e clarão, liberdade e reconforto, é preciso tenhamos sabido aceitar a escola da experiência terrestre, aprendendo a sofrer e servir na veste física, a encharcar-se de suor no trabalho digno, a fim de recebermos as chaves de luz do lar eterno, na plenitude da Vida Maior.    '

Jesus continua nos alentando o coração, através das mensagens de orientação que nos chegam pelos amigos espirituais.

No trecho antes transcrito, vemos que, ao passar por um momento difícil, não devemos nos prostrar, nos desanimar e, muito menos, desejar a morte.

"Aceitemos" é a palavra, pois se ficarmos remoendo o sofrimento, mais do que é necessário, não nos libertaremos para podermos viver uma vida plena de realizações, que vão garantir que a nossa vida espiritual futura seja de mais paz.

Muitos são os que, ansiando a morte para se livrarem dos sofrimentos, cavam para si próprios, covas nas quais se afundam, ao desencarnarem.

Ao invés de encontrarem a tão almejada emancipação, reencontrar aqueles que partiram antes ou se libertarem dos sofrimentos físicos, ao, desencarnarem, continuam na mesma situação, agravada pela "fraqueza espiritual".

A vida, como nos recomendou Emmanuel, é feita de suor e trabalho; mas não é só o trabalho remunerado.

Devemos lembrar que, para acendermos luz espiritual em nosso futuro, podemos ler um livro para um cego.

Se desejamos caminhar para um futuro de paz, podemos começar agora, auxiliando um paralítico a dar um passeio.

Se queremos receber o carinho dos pais que já partiram para o mundo espiritual, afaguemos com carinho uma criança órfã.

Quanto podemos fazer por nós mesmos, esquecendo os nossos sofrimentos e auxiliando nosso próximo. Bem nos disse Jesus:
"Fora da caridade não há salvação."

Wilson.





Bibliografia: Família - Francisco Cândido Xavier / Espíritos Diversos /capítulo "Emancipação Além-Túmulo" / Ed. CEU, 4ª ed., 1986.


  Fonte: Texto retirado da "REVISTA SEAREIRO"
A "REVISTA SEAREIRO" eh um orgao divulgador do Nucleo de Estudos Espiritas "AMOR E ESPERANCA" / Sao Paulo

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