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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Seria o Próprio Jesus O Consolador?




Vejamos esta passagem de João:
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja eternamente convosco, o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”. (João 14,15-18 e 26).

Por ter dito que enviaria outro Consolador, devemos concluir, com Kardec, que o Consolador não é Jesus. Entretanto, a passagem bíblica dá a entender que ele é o Espírito de Verdade, fato que vem causando uma certa confusão para se identificar quem realmente ele seja, se apenas a tomarmos como referência. Kardec é quem vai nos esclarecer isso, pois, para ele, são duas coisas distintas.
Em A Gênese, cap. XVII, item 39, encontramos o seguinte:
Qual deverá ser esse Enviado? Dizendo: “Pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador”, Jesus claramente indica que esse Consolador não seria ele, pois, do contrário, dissera: “Voltarei a completar o que vos tenho ensinado”. Não só tal não disse, como acrescentou: A fim de que fique eternamente convosco e ele estará em vós. Esta proposição não poderia referir-se a uma individualidade encarnada, visto que não poderia ficar eternamente conosco, nem, ainda menos, estar em nós; compreendemo-la, porém, muito bem com referência a uma doutrina, a qual, com efeito, quando a tenhamos assimilado, poderá estar eternamente em nós. O Consolador é, pois, segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade. (KARDEC, A Gênese, FEB, 2007, p. 441).

Assim, Kardec, reafirmando o que ele já havia dito alhures, relaciona o Consolador a uma doutrina soberanamente consoladora, qual seja, o Espiritismo, cujo inspirador foi o Espírito de Verdade. Portanto, fica claro, para nós, que Kardec separa uma coisa da outra, o que nos leva a concluir que o Espírito de Verdade não é o Consolador, o qual foi identificado por ele mesmo como sendo o Espiritismo. O que fica ainda mais nítido com estas duas outras falas dele:
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 4, p. 135).
... reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade quem preside ao grande movimento da regeneração, a promessa do seu advento se encontra realizada, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador. (A Gênese, item 42, IDE, p. 31).

Caracteriza, portanto, o Espiritismo como sendo o Consolador prometido, ao qual lhe atribui a realização da promessa de Jesus do seu envio, o que mostra claramente a separação que fazia entre Espírito de Verdade e o Consolador.
Nessa última fala, ao dizer no final que “é ele o verdadeiro Consolador”, o “é ele” a que Kardec aqui está se referindo é o Espiritismo e não o Espírito de Verdade; ressaltamos, para que não se venha confundi-los no entendimento desse texto. Para confirmar esse nosso entendimento, vejamos esta outra fala de Kardec, contida em O Evangelho Segundo o Espiritismo (p. 134): “O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade”. Comparando essa fala com a que acima é dita “a promessa do seu advento se encontra realizada, porque, pelo fato, é ele o verdadeiro Consolador”, percebemos que nessa última frase o “seu advento” está se referindo ao Espiritismo, o que pode ser conferido com o que foi colocado na primeira frase. Assim, s.m.j., o “é ele” se relaciona à expressão “seu advento”, o que, por conseguinte, nos remete ao Espiritismo.
Podemos observar que, nessa passagem bíblica mencionada, Jesus diz “voltarei para vós”, profecia que se realizou quando da implantação do Espiritismo, isso ficará claro quando conseguirmos identificar quem usou o nome de Espírito de Verdade.


Fonte: http://www.facebook.com/paz.espiritual.1

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