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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Anorexia Nervosa - Reflexão à Luz do Espiritismo






A anorexia nervosa é uma doença do comportamento, classificada na psiquiatria como um transtorno alimentar. Sua prevalência é quase exclusiva nas mulheres, inicia-se na puberdade, ao redor dos 14 anos, e predomina nas sociedades materialistas do ocidente. Sua incidência vem aumentando vertiginosamente a partir de 1960, atingindo milhares de pessoas na atualidade do mundo.
Caracteriza-se pela recusa do paciente em manter um peso corporal na faixa normal mínima e pelo temor intenso de ganhar peso. A percepção do esquema corporal é distorcida. A auto-percepção da forma e do tamanho do corpo, ou de parte dele, é de que ele seja maior ou diferente do que realmente é.
A idéia obsessiva de magreza e o medo mórbido de ganhar peso são, por vezes, tão intensos que o paciente chega a auto-induzir o vômito após as refeições, a abusar de purgativos e diuréticos ou a exercitar-se freneticamente (vigorexia). Argumentos lógicos não o convencem, negando todas as evidências de risco à saúde.
De causas ainda pouco esclarecidas, deriva de uma interação entre fatores hormonais, genéticos, sócio-familiares e traços anormais de personalidade, que geram uma situação de vulnerabilidade psicológica. Alguns traços comuns são instabilidade emocional, baixo limiar de tolerância às frustrações, relacionamentos intensos, instáveis e breves, retraimento social, sentimento de inutilidade, pensamento inflexível, perfeccionismo e expressão emocional demasiadamente refreada.
A neurose coletiva do culto à forma física, da estética perfeita, tão evidente na cultura contemporânea, parece ser um fator predisponente e, em alguns casos, desencadeante. Haja vista as mortes recentes, em nosso meio, de diversas modelos ainda tão jovens.
A conveniência de ser magro é marca registrada da moderna sociedade ocidental, enquanto a obesidade é considerada não atraente, não saudável e indesejável. Estas novas síndromes comportamentais estão brotando no seio de uma sociedade consumista, competitiva e afeita a toda espécie de frivolidades, onde o culto à imagem acaba adquirindo, praticamente, a categoria de religião.
Como se diz na gíria popular, a imagem é tudo.




Reflexões à luz do Espiritismo:


A maioria das doenças primárias do comportamento têm suas raízes no espírito imortal. Todo e qualquer traço de personalidade, indicativo de virtude ou de distonia, é patrimônio do ser eterno. Herdeira de si mesma, a criatura manifesta através da indumentária física as tendências e predisposições que lhe marquem a historiografia espiritual.
Pela Lei de Causalidade, compreendemos que não há injustiça nem castigo por parte da Divina Providência. O princípio da reencarnação é o grande guardião da lógica celeste no que condiz com as oportunidades redentoras de cada indivíduo. A personalidade distônica traz consigo para a vida biológica a vulnerabilidade psíquica haurida por ela mesma no uso do livre arbítrio. Por analogia, podemos compará-la ao indivíduo que voluntariamente se embriagou e se propõe a atravessar uma avenida movimentada. O risco do atropelamento é maior do que para aquele que optou por manter-se sóbrio. É maior, mas não obrigatório. A fatalidade não pode ser absoluta, pois cercearia à criatura qualquer possibilidade de recuperação, de expressão do livre-arbítrio.
A patogênese espiritual da anorexia nervosa nos parece ligada às fixações mentais citadas por André Luiz em várias obras. Assemelha-se a uma forma de alienação mental. Quatro aspectos sobressaem: a negação e a distorção da imagem corporal, o comportamento autodestrutivo, a desadaptação social e a ideação obsessiva. A negação da imagem corporal pode ter suas raízes no caráter compulsório da reencarnação. As reminiscências de vidas passadas podem provocar ou agravar a distorção de percepção. A lembrança subconsciente de uma pré-existência pode se conflitar com o aspecto do corpo atual. Isto fica claro ao imaginarmos um escravagista reencarnado negro ou uma feminista radical reencarnada homem. A tendência inconsciente à autodestruição deriva da combinação de dois fatores: a sensação de ser desprezado e a de ser desprezível. Dependendo dos teores da consciência de culpa, ambas podem estar presentes, levando o indivíduo a comportamentos de auto-punição ou de punição de outrem. Castigar-se pode significar um desforço contra aqueles considerados culpados pela sua desdita.
A desadaptação social deriva de aspectos próprios da personalidade, como baixa auto-estima e sentimentos paranóides, acrescido o fato de que a reencarnação por vezes se dá em um meio hostil ou estranho. A pessoa percebe-se incapaz de lidar com situações novas, de administrar os conflitos relacionais, de sentir-se aceito e compreendido pelos pares.
A ideação obsessiva demonstra o empobrecimento do repertório emocional e a rigidez mental da criatura: a fixação irresistível das idéias no aspecto corporal, em detrimento de todos os demais valores (monoideísmo), compromete o bom senso e o discernimento, tornando-a joguete indefesa nas mãos dos espíritos obsessores, que vêm intensificar a psicopatologia em curso. Tais almas em prova redentora devem ter diferentes origens, contraindo seus débitos cármicos em épocas distintas, por diversos motivos e contextos, mas têm em comum a necessidade de amparo e compreensão, mendigos que são da caridade alheia no campo da paciência, da tolerância e do entendimento.






Fonte: http://www.facebook.com/paz.espiritual.1

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